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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Verão requer cuidados com a pele das crianças


 Pediatra fala sobre os principais fatores de risco e dá dicas para proteger os pequenos de possíveis danos causados por sol, mosquitos e sudorese intensa


O verão está no auge e o calor está intenso em todo o País. Com ele, alguns problemas de pele começam a surgir, principalmente em crianças pequenas. Ao contrário da maioria dos adultos, as crianças ficam grande parte do seu tempo diário em ambientes externos e acabam se expondo de maneira importante aos raios solares. Por isso, a pediatra Cássia Amaral, docente de Medicina da Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate, faz o alerta: “a exposição solar excessiva durante a infância é um fator particularmente significativo no risco futuro de desenvolvimento de câncer de pele”. “Existe uma clara relação entre a exposição solar ao longo dos anos e o desenvolvimento de carcinomas cutâneos”, enfatiza a especialista.

Entre as várias medidas de proteção à radiação solar, o uso de filtros solares previne o surgimento dos cânceres de pele. A recomendação é aplicar o filtro solar com fator de proteção mínimo número 15 durante os primeiros 18 anos de vida. “Essa fotoproteção é necessária diariamente”, enfatiza. Além disso, inclua na rotina da criança o uso de chapéus, óculos escuros e roupas adequadas, evitando a exposição solar exagerada. Também fuja do sol nos horários de maior índice de Raios Ultravioletas, entre 10h e 16h. Uma regra que pode auxiliar a identificar quando é preciso evitar o sol é a da sombra: o sol é mais danoso quanto menor é a sombra da criança em relação à sua altura.

Mas, atenção: bebês até seis meses não devem usar filtro solar e nem devem ser expostos diretamente ao sol, principalmente nos horários de maior risco. “Entre os seis meses e 2 anos é preferível o uso dos filtros físicos (também conhecidos como mineral), por serem menos alergênicos em relação aos filtros químicos. Caso opte por roupas com fator de proteção, Cássia indica optar por peças de cores escuras. “As cores escuras e as altas concentrações de corantes absorvem mais raios ultravioletas, não deixando ultrapassar para a pele. Cores escuras no mesmo tecido, como azul, vermelho e preto absorvem mais os raios ultravioletas do que as claras, como o branco, azul claro ou bege”.

A especialista ressalta ainda, tanto para as crianças, quanto para os adultos, a necessidade de aplicação dos filtros solares em áreas da pele não protegidas por roupa, antes da exposição ao sol, bem como a reaplicação a cada 4 horas, após suor excessivo ou mergulho.


Picadas de insetos

As principais alergias que aparecem no verão são decorrentes de picadas de insetos, que se proliferam nesta época. Eles aparecem, normalmente no nascer e no pôr-do-sol. Por isso, deixe as janelas fechadas nesses horários ou use telas de proteção. O ar condicionado ajuda a espantar os mosquitos, assim como o vento do ventilador. É possível ainda usar repelentes elétricos, com liberação de inseticidas. “Eles são uteis e impedem a entrada dos insetos no ambiente. Mas, cuidado para que as crianças não retirem o produto da tomada”, alerta.
Se não for possível usar roupas com mangas longas e calças compridas com tecidos mais grossos por conta do calor, os repelentes tópicos podem ser usados por maiores de seis meses, “mas nunca durante o sono ou por períodos mais prolongados”, enfatiza. “Também não passe o produto nas mãozinhas das crianças, pois eles podem leva-lo à boca”, completa. Acima de 2 anos, os que contém DEET são os mais utilizados.

Outra alternativa é utilizar roupas tratadas com repelentes ou aplicar produtos que contenham permetrina O,5% nos tecidos. Evite roupas escuras e não use perfumes, pois atraem insetos.


Suor

Muitas crianças, devido a sudorese intensa, podem ficar com a pele irritada. O ideal é deixar o ambiente sempre bem arejado e evitar roupas sintéticas. “Ao verificar a pele da criança irritada, devemos lavá-la com água corrente, evitando sabonetes antissépticos. Se houver prurido, procure um médico”, conclui.





Cassia Amaral - Pediatra e docente do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.


Laureate International Universities

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