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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Teste do Olhinho Ampliado deve ser indicado com cautela, afirma oftalmopediatra


Além do alto custo, exame só tem indicação para bebês com problemas específicos na visão


Os avanços da medicina neonatal são fundamentais para o aumento da detecção precoce de algumas doenças e condições que afetam os recém-nascidos. Um bom exemplo é o Teste do Reflexo Vermelho (TRV).

Popularmente conhecido como ‘teste do olhinho’, é um exame de triagem, realizado ainda na maternidade, em todos os bebês. Na maioria dos estados é assegurado por lei, tanto pelo Sistema Púbico de Saúde (SUS), como pelos planos de saúde.

Segundo a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo e Chefe do Setor de Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, o TRV apresenta um baixo custo, é indolor, não invasivo e rápido. “O principal objetivo do teste do olhinho é diagnosticar precocemente doenças oculares congênitas, como a retinopatia da prematuridade e o glaucoma congênito, por exemplo”.

“O exame é realizado com um oftalmoscópio que projeta uma luz nos olhos do bebê. Em um exame normal, será formado um reflexo vermelho devido aos vasos sanguíneos da retina e de outras estruturas oculares. Porém, se houver opacidade, o reflexo será ausente ou muito reduzido. Essas alterações são critérios para o encaminhamento do bebê para um oftalmopediatra. Lembrando que na maioria das maternidades quem realiza o TRV é um neonatologista ou um pediatra”, explica Dra. Marcela.


O que o TRV pode mostrar?

O teste do olhinho feito na maternidade pode ajudar no diagnóstico precoce de doenças congênitas, como catarata, glaucoma, retinopatia da prematuridade, descolamento da retina, problemas no vítreo, estrabismo, malformações, retinoblastoma, entre outras doenças ou condições oculares presentes ao nascimento.
 

O que é e para que serve o teste do olhinho ampliado?

O teste do olhinho ampliado é algo recente e tem gerado polêmicas no meio médico quanto à necessidade de realizá-lo ou não. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), juntamente com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), emitiram um parecer técnico para elucidar essa questão recentemente.

“Para o melhor entendimento dos pais, a recomendação é que bebês saudáveis, nascidos a termo, sem nenhuma alteração no teste do olhinho tradicional, não têm indicação para realizar o exame ampliado. Vale ressaltar que essa recomendação não exclui a importância de uma consulta preventiva no primeiro ano de vida do bebê com um oftalmopediatra”, reforça Dra. Marcela.

Por outro lado, o teste do olhinho ampliado é uma excelente ferramenta para o acompanhamento de bebês que apresentaram alterações no TRV ou ainda para àqueles com diagnóstico fechado de doenças como retinoblastoma, retinopatia da prematuridade, cicatrizes corioretinianas.

"Outra indicação é para os bebês prematuros, nascidos antes de completar 32 semanas de gestação, já que nesta população há risco aumentado de problemas na retina, entre outros”, comenta a especialista.


Qual a diferença do teste do olhinho normal para o ampliado?

O teste do olhinho ampliado é realizado com um aparelho chamado RetCam. O aparelho tira fotos do fundo da retina, mácula e nervo óptico. É usado um colírio para dilatar as pupilas e um gel condutor para a captação das imagens, lembrando um exame de ultrassom.

Assim, pode causar um desconforto maior no bebê. Outro ponto é que o custo é alto e a maioria dos planos de saúde não cobrem o exame. Por fim, poucas clínicas realizam este teste, sendo que a maioria dos estabelecimentos estão concentrados na região Sudeste do Brasil.

“O exame é excelente para detectar doenças nas estruturas oculares citadas acima. Porém, como reforçado pelo parecer técnico das Sociedades, a indicação deve ser feita para o seguimento de bebês e crianças com diagnóstico fechado de doenças como uveítes, retinopatia da prematuridade e retinoblastoma”, ressalta Dra. Marcela.

A médica cita ainda que uma das alterações mais comuns que este exame detecta é a hemorragia retiniana, que pode afetar os bebês que nascem de parto normal com uso de fórceps.

“Entretanto, é uma condição benigna, cuja resolução é espontânea e acontece em cerca de 15 dias. Portanto, o alto custo do teste do olhinho ampliado e suas especificidades são fatores que contraindicam a realização em bebês saudáveis”, afirma a oftalmopediatra.

 
Leve seu bebê ao oftalmopediatra!

Para os bebês saudáveis, sem alterações no teste do olhinho tradicional, a principal recomendação é uma consulta de rotina, preventiva, ainda no primeiro ano de vida com um oftalmopediatra.

“O ideal é levar os pequenos para uma consulta de rotina com um oftalmopediatra, se possível nos primeiros seis meses de vida ou no máximo até completar um ano. Nesta consulta, além de orientações importantes sobre o desenvolvimento visual, o oftalmopediatra poderá avaliar se há presença de estrabismo, miopia, astigmatismo, alergias oculares, assim como oferecer aos pais informações essenciais para os cuidados com a visão durante a infância”, conclui Dra. Marcela.

Um comentário:

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