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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Fevereiro Laranja



Hematologista infantil do Hospital América de Mauá faz alerta sobre o combate à leucemia


A campanha Fevereiro Laranja foi criada com o objetivo de conscientizar e combater a leucemia, ressaltando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce, do conhecimento dos sintomas e dos tratamentos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o Brasil, no ano de 2019, estimam-se 5.940 novos casos de leucemia em homens e 4.860 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,75 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres. “A leucemia é uma doença caracterizada pela expansão clonal de precursores hematopoiéticos na medula óssea (fábrica do sangue), ou seja, ocorre a produção das células anormais na medula óssea em substituição aos elementos normais”, explica a Dra. Bianca Ribeiro Barreto, hematologista infantil, prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.

São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, a partir do tipo de glóbulos brancos que elas afetam. As leucemias podem ser divididas em 2 grupos: linfoides ou mieloides. Além disso, quanto ao tempo de crescimento, elas podem ser classificadas como agudas (crescimento rápido de células imaturas) e crônicas (as células maduras aumentam, porém, são anormais). “Na infância, por exemplo, as leucemias agudas representam 30% das neoplasias da criança. O tipo mais comum é a LLA (leucemia linfoblástica aguda), sendo os fatores de risco e prognósticos: idade da criança ao diagnóstico, contagem de leucócitos (células de defesa) no hemograma, e exames como imunofenotipagem e cariótipo, comprometimento do SNC (sistema nervoso central) ao diagnóstico e resposta precoce à terapia. No caso da LMA (leucemia mieloide aguda), temos como fatores de risco: exposição pré-natal (ao álcool, pesticidas e infecções virais), exposição ambiental (radiação ionizante, infecções virais, pesticidas, solventes orgânicos como o benzeno, dentre outros), além de doenças hereditárias e doenças adquiridas”, comenta a hematologista.

Nas leucemias agudas infantis, geralmente os sintomas são: palidez, hepatomegalia (fígado aumentado de tamanho), esplenomegalia (baço aumentado de tamanho), dor óssea, linfadenopatia, febre em consequência de infecções, sangramentos como petéquias (pontos vermelhos no corpo, que não somem a digitopressão), hematomas, sangramento de gengiva, hipertrofia gengival e infiltrações cutâneas. “O diagnóstico é realizado a partir de uma suspeita clínica, e, em seguida, são realizados exames complementares. O primeiro deles é o hemograma, cujas alterações importantes nos fazem realizar a coleta e análise da medula óssea, através do mielograma. Após esses, são realizados outros exames para melhores caracterizações dos tipos de leucemias”, ressalta a especialista.

O tratamento da leucemia visa eliminar as células malignas, para isso, são realizadas medicações quimioterápicas. Em alguns casos, o transplante de medula óssea é indicado. “Conseguimos nos prevenir da leucemia evitando alguns fatores de risco, como aqueles associados à exposição à radiação ionizante, solventes orgânicos (benzeno) e pesticidas”, finaliza.





Dra. Bianca Ribeiro Barreto - Hematologista Pediátrica, prestadora de serviços do Hospital América de Mauá | CRM: 166.231

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