Doenças hepáticas são silenciosas e afetam cada vez
mais pessoas no Brasil
Tratamento minimamente invasivo para tumores
do fígado pode ser realizado sob anestesia local e não necessita de internação
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia
(SBH), a esteatose hepática – doença que pode levar a um processo inflamatório
crônico do fígado ocasionado por deposição de gordura - atinge aproximadamente
20% da população. A doença pode ter causas alcoólicas (provocadas pelo consumo
excessivo de bebida) e não alcóolicas, diabetes, obesidade e níveis elevados de
colesterol e triglicerídeos, sendo capaz de atingir qualquer faixa etária. “Com
o tempo, os danos ao fígado podem levar à insuficiência hepática e outras
complicações, condições que põem em risco a vida” explica o Dr. André Assis,
Radiologista Intervencionista da Carnevale Radiologia
Intervencionista Ensino e Pesquisa (CRIEP).
Além da esteatose, outras causas de doenças
crônicas do fígado, como as hepatites virais, aumentam a incidência do câncer
primário mais comum do fígado, o Carcinoma Hepatocelular (CHC). O CHC é o
quinto tumor maligno em frequência em todo o mundo e a segunda causa mais comum
de morte relacionada ao câncer, de acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS). A incidência de CHC tem aumentado rapidamente no mundo nos últimos 20
anos e um recente estudo usando o registro norte-americano projeta que a
incidência continuará a crescer até 2030, de forma ainda mais notável em países
latino-americanos.
O fígado é a principal sede de metástases a
distância de tumores abdominais e extra-abdominais, como cólon, estômago,
pâncreas, mama, dentre outros. “Estes tumores metastáticos frequentemente são
passíveis de tratamentos minimamente invasivos como a Radioembolização Hepática
e a Quimioembolização Hepática, modificando prognóstico e qualidade de vida dos
pacientes”, afirma o médico do CRIEP.
A Radioembolização Hepática é um procedimento
minimamente invasivo indicado tanto para o tratamento de tumores hepáticos
primários não passíveis de ressecção cirúrgica – o CHC e o Colangiocarcinoma
intra-hepático – quanto para p tratamento de metástases hepáticas, incluindo
tumores neuroendócrinos, carcinoma colorretal, entre outros.
O procedimento pode ser realizado sob anestesia
local e não necessita de internação hospitalar, usando microesferas carregadas
com material radioativo (Yttrium-90). Essa é uma técnica realizada por meio de
cateterismo endovascular, em que há injeção das microesferas dentro dos tumores
(efeito localizado), levando ao controle das lesões. “Pode ser realizado
conjuntamente com a quimioterapia sistêmica, ou mesmo substituí-la, quando
necessário”, conclui o Dr. André Assis.
Dr. André M. Assis - médico da CRIEP -
especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É Radiologista
Intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês/SP, e membro titular
do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de
Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE).
CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista
Ensino e Pesquisa
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