Hoje,
dia 20, é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra e para falar sobre as
formas de manter a saúde da pele negra da região da face e do corpo, a dermatologista
e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Teresa Noviello, aponta os
principais cuidados e hábitos diários que devem ser adotados para evitar a
ocorrência de problemas comuns a este tipo de pele.
Por
ser rica em melanina, a pele negra tem maior proteção contra o câncer de pele e
apresenta de forma tardia os sinais do fotoenvelhecimento. Segundo Teresa
Noviello, um outro fator que privilegia a pele negra em relação as mais claras
são os seus altos níveis de firmeza e elasticidade, que por sua vez, adiam o
aparecimento de rugas e linhas de expressão, assim como retardam o
desenvolvimento acentuado da flacidez e celulite. “A estabilidade e
flexibilidade da pele negra se deve a grande atividade dos fibroblastos neste
tipo de pele, que acabam garantindo uma maior produção de colágeno. No entanto,
ao mesmo tempo em que o colágeno traz benefícios, também contribui para uma
maior incidência de queloides em peles mais escuras”, esclarece.
A
dermatologista explica que ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a
pele negra necessita da mesma intensidade de cuidados quanto a pele branca.
“Apesar de ter a melanina como uma forte aliada na proteção contra agentes
externos, a pele negra também pode ser atingida por carcinomas e está mais sujeita
a eclosão de manchas e olheiras”, ressalta.
Para
manter a pele negra saudável, a dermatologista recomenda que, primeiramente, as
pessoas passem por uma avaliação médica para que seja identificado o tipo de
pele (seca, mista ou oleosa) e a partir daí seja traçada uma rotina diária de
higienização, hidratação e proteção. “Sendo na maioria das vezes mista ou
oleosa, a pele negra precisa de cuidados específicos, que devem ser mantidos
tanto no verão como no inverno”, afirma.
Segundo
Teresa Noviello, dentre os principais cuidados diários que podem controlar a
oleosidade e evitar o surgimento de manchas na pele negra incluem lavar o rosto
ao menos uma vez ao dia, hidratar o corpo e a face todos os dias com
hidratantes específicos para cada tipo de pele e esfolia-los uma vez por semana para a retirada de células mortas.
“Lembro que a face, por ter maior tendência a ser oleosa, deve ser hidratada
por meio da aplicação de cremes livres de óleos e não comedogênicos. Já
o corpo, por ser mais ressecado, deve receber uma hidratação mais profunda,
composta por cremes, óleos e produtos pós-banho”, orienta.
Ainda é importante recomendar o uso constante do filtro solar de,
no mínimo, FPS 30, que deve ser aplicado duas ou três vezes ao dia. “Também é
indispensável, que as pessoas ingiram muita água, em torno de 1,5L por dia,
pois a hidratação da pele deve ser de dentro para fora da mesma forma”,
aconselha.
Além da rotina caseira de cuidados com a pele, existem
procedimentos dermatológicos mais incisivos que podem tratar manchas e flacidez
em pessoas negras. “Para a uniformização da textura da face acnéica e com tons
irregulares, é possível se tratar com o uso de peeling, microagulhamento e
laser específico para a pele negra. Mesmo que as pessoas com este tom de pele
sofram com a flacidez de maneira mais tardia, por volta dos 40 anos, também
existem métodos que ajudam na amenização deste sintoma, é o caso do ultrassom
microfocado, da radiofrequência e da aplicação de bioestimuladores de
colágeno”, sugere.
Nenhum comentário:
Postar um comentário