Celebrado
no dia 17 de novembro, o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata deu
origem ao movimento, Novembro Azul, criado em 2003, na Austrália, com o intuito
de conscientizar a respeito das doenças masculinas, e principalmente na
prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. De acordo com um levantamento
realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que para cada ano
do biênio 2018/2019, sejam diagnosticados 68.220 novos casos de Câncer de
próstata no Brasil, o que corresponde a um risco de 66 novos casos a cada 100
mil homens.
No
Brasil, o câncer de próstata é a segunda maior causa de mortes de homens,
ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Quase da metade dos homens (47%) que
têm a doença em estágio avançado, não sabem, o que pode interferir e dificultar
o tratamento da doença. Porém, quando diagnosticado em fase inicial, as chances
de cura são de 90%. Por isso, é importante estar atento se existe, por exemplo,
uma demora em começar e terminar de urinar, vestígios de sangue na urina,
diminuição do jato e necessidade de urinar mais vezes ao longo do dia ou à
noite. Ao menor indício desses sinais, é preciso sim procurar um especialista
para avaliar o caso.
Para
a detecção da doença são realizados dois exames: o de toque retal, onde o
médico avalia o tamanho, forma e textura da próstata, por meio do toque, e o
PSA, um exame de sangue que mede a quantidade de Antígeno Prostático
Específico, que se estiver com níveis altos podem significar câncer, mas também
doenças benignas da próstata. Para confirmar é preciso sempre realizar uma
biópsia e se necessário, outros exames complementares solicitados pelo médico.
Os
principais fatores de risco para a doença são idade acima dos 50 anos,
histórico familiar com casos de câncer de próstata, homens com sobrepeso ou
obesos, que abusam de álcool e tabaco. Além disso, a doença é mais comum em
homens negros.
A
melhor maneira de prevenção é manter sempre o peso saudável, ter uma
alimentação repleta de frutas e vegetais, de preferência que estejam presentes
em todas as refeições diárias e praticar exercício físicos. Mas o principal
deles é não deixar que o preconceito que se tem com os exames de detecção da
doença, acabe falando mais alto do que cuidar sua saúde. Previna-se!
Dr.
Paulo Pizão - Oncologista do GPOI – Grupo Paulista de
Oncologia Integrada| Hospital IGESP
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