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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Novembro Azul: os benefícios da fisioterapia para pacientes pós-operados


De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata,  20% já estão em estágio avançado da doença e a taxa de mortalidade entre este grupo é de 25%. Com isso, a prostatectomia radical, cirurgia de retirada da próstata, é o tratamento mais indicado para cura e diminuição de nova recidiva.
 
Mas, apesar de ser o método mais eficaz para combater este tipo de câncer, a prostatectomia pode implicar o aparecimento de algumas sequelas, sendo a mais comum delas a incontinência urinária e fecal. Pesquisas apontam que quadros de incontinência urinária acontecem de 5% a 60% dos casos.

Segundo o fisioterapeuta da clínica Clínica Fisio&Forma, Kalil Zipperer, essas complicações  refletem de forma significativa na vida do paciente, gerando desconforto e até mesmo o distanciando do convívio social. O especialista explica que o paciente deve procurar orientação médica assim que notar esses sintomas.
 
Como a fisioterapia pode ajudar?
 
Segundo o especialista, a fisioterapia atua nesses casos reativando a musculatura do assoalho pélvico, musculatura essa responsável por impedir a perda involuntária da urina e fezes e que fica fragilizada após a cirurgia.
 
“O trabalho fisioterapêutico pode ser realizado por meio de exercícios específicos e recursos, como a eletroestimulação, por exemplo”, diz Kalil a respeito da técnica que utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para treinar os músculos.
 
Dessa forma, Kalil alerta que quanto mais precoce o tratamento, mais rápida a recuperação e menores os danos sociais causados pela alteração. Segundo ele, o tratamento leva, em média, de 2 a 3 meses e tem seus resultados mais efetivos quando o paciente também segue um cronograma de exercícios em casa.
 
Apesar de não existir relação da fisioterapia na prevenção do câncer de próstata, Zipperer explica que o trabalho de atividade física contínuo e bem prescrito trará benefícios ao paciente e, caso necessite ser submetido a cirurgia de próstata, a possibilidade de desenvolver um quadro de incontinência urinária será menor.
 
“Além disso, o trabalho de fortalecimento muscular global deve ser realizado mesmo após a cura do paciente, no entanto, a liberação clínica é essencial. Com isso, o melhor tratamento começa na própria prevenção e acompanhamento periódico do homem, deixando de lado tabus e mitos referentes a doença”, aconselha o fisioterapeuta.






Dr. Kalil Zipperer - fisioterapeuta e proprietário da Clínica Fisio&Forma, coordenador do CER II (Centro Especializado em Reabilitação) reabilitação física e auditiva de Diadema, coordenador do NAI (Núcleo de Avaliação Intelectual) da prefeitura municipal de Diadema. 
Coordenador do Grupo Técnico da Pessoa com Deficiência dos 7 municípios do Grande ABC, membro do Grupo Condutor da Pessoa com Deficiência na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo

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