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domingo, 14 de outubro de 2018

São Paulo recebe a 1ª. Caminhada pela Conscientização sobre a Síndrome de Rett


No próximo dia 21 de outubro, domingo, às 14h, acontecerá a 1ª. Caminhada pela Conscientização sobre a Síndrome de Rett, na Avenida Paulista. A concentração será em frente à estação Consolação do metrô.

No evento, estarão presentes os fundadores da ABRE-TE, Isis e Claudio Riechelmann, seus sócios fundadores, além da nova diretoria que assumiu a associação em julho/18 – composta por familiares de pacientes com Rett. Participarão também muitas famílias de pessoas com Rett, seus amigos e terapeutas.

Esta será a 1ª Caminhada promovida pela ABRE-TE e o objetivo é conscientizar famílias e profissionais de saúde sobre a Síndrome, para que fiquem atentos aos sintomas e cuidados necessários.


Sobre a Síndrome de Rett

A Síndrome de Rett (SR) é uma desordem do desenvolvimento neurológico, descrita pela primeira vez por Andreas Rett, médico austríaco, em 1966. Seu diagnóstico até o ano 1999 foi exclusivamente clínico, isto é, feito através dos sinais e sintomas característicos da síndrome.
Em 1999, a Dra. Huda Zogbi encontrou o gene MECP2 que teria a mutação responsável pela Síndrome de Rett.

A ABRE-TE foi fundamental nessa descoberta, pois havia SOMENTE no Brasil, uma família no interior do Paraná que tinha 5 filhos com a SR, e com recursos da Associação, além da colaboração de uma mãe (Simone Ribas Bolfer) essa família foi levada aos Estados Unidos para pesquisas, possibilitando desta forma a descoberta (identificação do gene MECP2).
Ainda hoje, depois de 50 anos de sua descrição, muitas crianças ficam sem diagnóstico devido ao desconhecimento da Síndrome. E, mesmo quando há o diagnóstico clínico, a confirmação através de exames laboratoriais (exame molecular) ainda é inacessível para a grande maioria das famílias. O SUS não fornece o exame genético e os Planos de Saúde têm condições muito restritas para cobertura.

E, depois do diagnóstico, muitos médicos passam a tratar os pacientes como se não houvesse mais o que fazer. Mas fato é que, com cuidados e terapias adequados, as pessoas com Síndrome de Rett podem ter uma qualidade de vida muito melhor e podem chegar a 70 anos ou mais. Infelizmente SUS e ANS não garantem coberturas de terapias. Antes, quando Síndrome de Rett era tratada como autismo, as coberturas eram muito maiores. Desde que foi criado um CID apartado, pacientes com Síndrome de Rett perderam muitos direitos. O rol da ANS, por exemplo, prevê que autistas façam mais de 90 sessões de fono por ano com cobertura do convênio. Pacientes com CID de Rett não chegam a 20 sessões/ano.


Sobre a ABRE-TE e suas prioridades


Em Abril de 1990, foi fundada no Rio de Janeiro a Associação Brasileira de Síndrome de Rett – ABRE-TE,  com o objetivo de divulgar o conhecimento sobre a Síndrome e, desta forma, facilitar seu diagnóstico, além de orientar as famílias afetadas.

Hoje uma das prioridades da ABRE-TE, que é um dos propósitos dessa caminhada, é divulgar e conscientizar a população sobre a Síndrome de Rett, e informar famílias, médicos e terapeutas que a Síndrome de Rett NÃO É DEGENERATIVA. Que as pessoas com Rett podem chegar a 70 anos ou mais, desde que tenham um acompanhamento médico e terapêutico adequados.

As pesquisas para encontrar tratamentos mais efetivos e alcançar a CURA têm crescido muito no mundo todo, e esperamos que no futuro possamos ter métodos e medicamentos que possibilitem a diminuição dos prejuízos que a Síndrome de Rett traz, e até mesmo sua CURA.

Para que todas as pessoas portadoras da Síndrome possam, de certa forma, usufruir desses benefícios futuros, elas precisam estar com uma boa saúde física, e - para tanto - precisamos do apoio dos órgãos governamentais responsáveis pela saúde dos Portadores de Necessidades Especiais. 




Serviços

1ª. Caminhada pela Conscientização sobre a Síndrome de Rett - Movimento Rett Brasil
Data: 21 de outubro de 2018
Local: Av. Paulista com concentração em frente a Estação Consolação.


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