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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Quando ser flexível demais requer atenção


Característica genética, hipermobilidade articular traz benefícios como a possibilidade de realizar movimentos com maior facilidade do que a maioria da população, porém, deficiência na produção de colágeno pode resultar em dor e problemas de saúde grave



Ser dotado de uma flexibilidade maior do que a maioria das pessoas pode não ser uma característica apenas do Senhor Fantástico, personagem das histórias em quadrinhos do Quarteto Fantástico. É claro que, fora da ficção, não é possível se esticar tanto quanto o líder do grupo de super-heróis, porém, há pessoas que conseguem realizar movimentos de forma mais fácil do que a maioria da população. Esta condição é conhecida como hipermobilidade articular, herdada geneticamente e que pode ocorrer em até 10% dos indivíduos, sendo mais comum nas mulheres.

Conseguir dobrar os dedos das mãos em até 90º, encostar o polegar da mão no antebraço do mesmo lado e alcançar a palma das mãos no chão sem dobrar os joelhos estão entre as principais características da hipermobilidade. Embora esta condição apresente diversos benefícios, principalmente para quem pratica atividades físicas como dança e ginástica, ela pode trazer consequências negativas e exigir maior atenção.

- Em geral, a hipermobilidade articular é benigna, o problema é quando ela se associa a outros problemas como deslocamento de articulações, alteração vascular e até mesmo um rompimento arterial– explica a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Têmis Maria Felix.

Estes problemas são conhecidos como síndromes, que podem ser de vários tipos, como Ehlers-Danlos, Marfan e Osteogênese Imperfeita. Na maioria dos casos, elas ocorrem devido a defeitos genéticos na produção do colágeno, proteína que constitui a pele, vasos sanguíneos, olhos, músculos, ossos e tendões. A recomendação, nestes casos, é buscar por especialistas.

- O médico geneticista têm condições de investigar a hipermobilidade grave, que pode se manifestar através de luxações articulares – complementa Têmis.
Conforme exposto, o tratamento deve ser multidisciplinar com o objetivo é manter as articulações estáveis e deixar a musculatura mais resistente, além de ensinar o autocontrole dos sintomas.






Francine Malessa

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