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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Não, a luz azul do seu smartphone não está te cegando


Nos últimos 50 anos, houve um declínio na duração e na qualidade média do sono, com consequências adversas na saúde geral. Uma pesquisa representativa de 1.508 adultos americanos revelou que 90% dos americanos usavam algum tipo de mídia eletrônica algumas noites por semana, uma hora antes de dormir



A luz azul das telas eletrônicas não está deixando você cego! Um estudo, divulgado recentemente, tem criado tanta preocupação, quanto alarme nas agências de notícias em todo o mundo. Mas os especialistas alertam para as conclusões infundadas sobre os efeitos potenciais da luz azul no olho.

“Este estudo  não é um motivo para parar de usar suas telas. O uso de telas eletrônicas não causa cegueira. A pesquisa vem da Universidade de Toledo e foi publicada em Scientific Reports. Os pesquisadores analisaram o que acontece quando uma substância química específica, retinol, é exposta à luz azul. O retinol está presente nos olhos. E a luz azul entra no olho, tanto naturalmente, via luz do sol, como pelas telas eletrônicas. Mas as descobertas do estudo não podem ser transformadas em recomendações”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

É preciso observar com  cautela vários pontos do estudo:

  1. Os experimentos não imitam o que acontece nos olhos das pessoas;
  2. As células que foram testadas não são derivadas das células da retina;
  3. As células do estudo não foram expostas à luz, da mesma maneira que as células do olho são naturalmente expostas à luz;
  4. A parte das células que foi afetada pelo retinol nos experimentos (a membrana celular) não toca a retina nos olhos das pessoas vivas;
  5. O retinol é tóxico para algumas células, estejam elas expostas ou não à luz azul. As células da retina viva têm proteínas que podem protegê-las desses efeitos possivelmente tóxicos;
  6. Outras células que também foram expostas à luz retiniana e azul pelos pesquisadores não seriam expostas à luz azul no corpo. A luz azul só atinge a pele e os olhos;
  7. Em outras palavras, os pesquisadores pegaram células que não são do olho, as uniram com a retina de uma forma que não acontece no corpo e expuseram às células para brilhar de uma forma que não acontece na natureza.

Preocupações reais sobre o uso da tela e a segurança dos olhos

Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre sua saúde ocular, converse com seu oftalmologista. Seu médico pode fazer recomendações certas para você e seu estilo de vida.

“Há evidências de que a luz azul pode interferir nos ritmos circadianos dos seres humanos, tornando mais difícil adormecer. Para algumas pessoas, pode ser uma boa ideia limitar o tempo de tela antes de dormir. Ou filtrar a luz azul das telas antes de dormir”, afirma a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que integra o corpo clínico do IMO.


Passar muito tempo olhando para uma tela pode impedir que as pessoas pisquem com a frequência que deveriam e foquem em coisas em locais diferentes. “Isso pode fazer com que os olhos pareçam secos, cansados ​​ou tensos. A solução é fazer pausas por 20 segundos, a cada 20 minutos, afirma Sandra Falvo.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares


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