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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Incontinência urinária ainda é tabu para as mulheres


Parto normal pode aumentar incidência em até 10% 


Distúrbio mais frequente no sexo feminino, a incontinência urinária (perda involuntária de urina),  pode manifestar-se tanto em mulheres maduras quanto nas mais jovens. Geralmente está associada a problemas anatômicos na uretra,  canal que elimina a urina, gerando perda urinária mediante esforços e tendo dentre suas causas fatores como  os partos normais. 

Outra  anomalia que gera sintomas desagradáveis é a bexiga hiperativa, cujo sintoma clássico é a urgência miccional, isto é, vontade de urinar mesmo sem a bexiga estar cheia. Tal sintoma se deve à  instabilidade na contração do músculo da bexiga (detrusor), que passa a contrair de forma descoordenada, causando perdas urinárias indesejáveis antes de se conseguir chegar ao banheiro, com impacto importante também no convívio social. 

Segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi,  muitos casos deixam de ser registrados  por desconforto das pacientes em  abordar o assunto no consultório,  “uma postura que vale a pena rever, por tratar-se de um problema que tem solução, com reflexos altamente positivos na qualidade de vida da pessoa”.  

Após análise do histórico clínico da paciente, por meio de exames físico e complementares, define-se    o tipo de terapia a ser aplicada,  desde fisioterapia, tratamento medicamentoso e cirurgia. Outro recurso para auxiliar no diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e  permite diferenciar  a causa da perda urinária.

Quando não corrigidos, porém,  esses problemas são    causas recorrentes de grande desconforto, motivado pela necessidade  do uso de protetores e absorventes, além de, muitas vezes, causar restrições no cotidiano, não raro requerendo psicoterapia.

O especialista conclui  recomendando que as mulheres tenham confiança plena no seu ginecologista. “Não deixem de relatar seus sintomas por vergonha, pois este é um quadro relativamente comum e com resolução muito satisfatória na grande maioria das vezes”, arremata. 




 
Alexandre Zabeu Rossi  Especialista em Ginecologia e Obstetrícia; Mestre em Ginecologia pela Universidade  Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Doutor em Ginecologia pela UNIFESP-EPM e Diretor da Clínica Rossi.


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