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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Como saber a hora certa de demitir? Especialista elenca sinais de que o colaborador estagnou


Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller 

"O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", diz que, em alguns momentos, a demissão de um funcionário faz bem para ambos os lados

Crédito: iStock


Demitir um funcionário nunca é uma tarefa fácil. No entanto, quando o desligamento é necessário, seja por resultados pouco satisfatórios, clima ruim no ambiente de trabalho, ou outros motivos, como desmotivação por parte do profissional, a ação é necessária e deve ser feita da forma mais amigável possível.

Para Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", há ocasiões em que demitir um funcionário pode ser positivo para os dois lados.

"Muitas vezes, um funcionário insatisfeito contamina o ambiente com afirmações negativas, postura inadequada e, consequentemente, diminui a produtividade de toda a equipe. Nessas horas, identificar esse perfil e 'cortar o mal pela raiz' é o melhor a ser feito. Afinal, essas atitudes mostram que o profissional não está gostando de trabalhar na corporação, e a empresa não está ganhando com a presença dele", explica.

Segundo ela, para identificar esses sinais, é preciso que o gestor acompanhe o dia a dia da equipe e a forma que cada um dos profissionais age em situações cotidianas. "O time está trabalhando em harmonia? Há compatibilidade com os princípios da empresa? Todos estão cumprindo suas metas? O nível de aproveitamento da equipe está satisfatório? Esses são aspectos que devem ser observados pelo líder com frequência, para saber se a saúde da equipe está em dia", orienta Susanne.

Ter um funcionário insatisfeito é ruim para os dois lados. "O profissional não está trabalhando com aquilo que gosta, o que relativamente já é um problema que ele precisa resolver para atingir o seu bem-estar pessoal, e a empresa não conta com um profissional engajado, que acredita nos seus valores e trabalha com disposição", diz.

Susanne lista sinais de que é a hora de demitir um funcionário:


Falta de trabalho em equipe

O funcionário se recusa a trabalhar junto com os colegas, acha que está fazendo mais do que a sua função determina, aponta empecilho em tudo o que o seu gestor pede. "Essas atitudes demonstram que ele não está satisfeito com o que está fazendo na empresa e que é hora de ele mudar. Principalmente no ambiente corporativo atual, no qual as empresas estão exigindo cada vez mais sinergia entre os funcionários, o trabalho em equipe é essencial", pontua.


Comprometimento zero

O funcionário chega atrasado, não cumpre o cronograma das tarefas que assumiu a responsabilidade, precisa ser lembrado de tudo o que deve fazer no seu dia a dia, das metas. "É hora de a empresa ligar o sinal vermelho, chamar o profissional para uma conversa para ver o que está acontecendo. Se ele não melhorar, é sinal de que a demissão é a melhor solução. Afinal, um funcionário desinteressado contagia toda a equipe", avalia.


Indisposição com os colegas

Não adianta o funcionário cumprir as metas e ter um péssimo relacionamento com a equipe. Se qualquer discordância é motivo de discussão, é preciso avaliar se a presença dele é realmente importante para a corporação. "Muitos conflitos e discussões desmotivam o time, porque tornam o ambiente corporativo tenso e cansativo. E é na empresa que passamos a maior parte do nosso dia", diz Susanne.


Conduta questionável

O funcionário está sempre reclamando de tudo, apontando defeitos nos colegas de trabalho, fala de um para o outro, e acha que os outros fazem menos do que ele e são mais valorizados. "É o típico profissional que não soma dentro da empresa, e que não está satisfeito como que está fazendo. Isso mostra que é hora de mudar", recomenda.


Desmotivação evidente

Quando o profissional está desmotivado, ele não encontra alegria no que faz e, consequentemente, não atinge as metas. Esse funcionário não gosta de trabalhar em equipe, entra mudo e sai calado das reuniões, não traz novas ideias para a corporação e não se interessa em saber nada sobre a saúde da companhia.

É importante ressaltar que o colaborador deve receber feedbacks sobre o seu comportamento e suporte para mudar, mas se a situação não melhorar, é chegada a hora de romper o relacionamento com este colaborador, o que será benéfico para todos: ele encontrar uma empresa mais alinhada com o seu propósito, e dar espaço para alguém que esteja alinhado com o propósito da empresa fazer parte do time.






Susanne Andrade - Autora dos best-sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", recém-lançado pela Editora Gente, e "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre carreira, coaching e liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental", e parceira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP).




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