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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Aumento da procura por fertilização no Brasil



O crescimento foi de cerca de 17% no país, a técnica já deu origem a mais de 8 milhões de bebês em todo o mundo desde a sua implementação


Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informam que o número de embriões humanos produzidos pelas técnicas de fertilização in vitro voltou a crescer em 2017, em relação ao ano anterior. Ao todo, foram registrados nas Clínicas de Reprodução Assistida 78.216 embriões congelados, um aumento de cerca de 17% da utilização dessa técnica no Brasil. As informações são referentes ao Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), que faz uma radiografia dos serviços de reprodução humana assistida no país.

Segundo a Anvisa, a Região Sudeste é a responsável por 65% dos 78.216 embriões congelados. A Região Sul tem 13%, a Nordeste, 12%), a Centro-Oeste, 8% e a Norte 2% finalizam a lista da distribuição, em porcentagem, de embriões criopreservados no ano de 2017.

O ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Clínica MAE em São Paulo, Dr. Alfonso Massaguer, afirma que o crescimento do tratamento de fertilização cresceu cerca de 350% nos últimos 4 anos na Clínica. Segundo ele, a procura pelo procedimento aumentou consideravelmente entre mulheres de 30 a 35 que congelam seus óvulos com o intuito de estabilizar sua vida profissional e encontrar o parceiro ideal antes de engravidar. Outro crescimento foi entre às mulheres jovens que adiam uma gravidez para tratar doenças graves, como câncer, quando o risco de a mulher não conseguir engravidar é ainda maior. "O congelamento de óvulos pode ser realizado em qualquer mulher que tenha a qualidade de seus óvulos em risco, seja por cirurgia nos ovários ou quimioterapia", explica o especialista.  

Na 34ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), que aconteceu recentemente em Barcelona, foram revelados dados impressionantes sobre a reprodução assistida: desde julho de 1978, quando nasceu a menina Louise Brown, o primeiro bebê de proveta, já foram gerados mais de 8 milhões de crianças com o uso de técnicas de Reprodução Assistida. É uma área da medicina que não para de evoluir e as mais recentes pesquisas foram apresentadas no encontro, principalmente em relação à preservação da fertilidade tanto masculina quanto feminina.    

            A infertilidade é um problema que atinge pelo menos 1 em cada 10 casais no mundo, até 10 milhões de pessoas só no Brasil. De acordo com estimativas do ESHRE, atualmente, mais de meio milhão de crianças nascem por ano por meio de procedimentos como fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões.







Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335 -  Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas eEspecialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.



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