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quarta-feira, 11 de julho de 2018

SulAmérica apresenta 7 complicações bucais que destacam a importância da odontologia no futebol


Saiba como a saúde bucal pode afetar o rendimento dos jogadores


Cerca de 5 milhões de dentes são perdidos por ano em função de alguma atividade física, de acordo com dados da American Dental Association. É neste cenário que a presença de um cirurgião-dentista durante práticas esportivas como o futebol se faz necessária, reforçando os cuidados especiais de saúde bucal para a população de atletas profissionais e amadores. Em 2015, a Odontologia do Esporte foi reconhecida, inclusive, como uma especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

"O principal instrumento de trabalho de um jogador é o próprio corpo e, durante um campeonato importante como o Mundial, todo cuidado com a saúde bucal é pouco. A odontologia do esporte pode interferir positivamente na preparação física, psicológica e nutritiva e na recuperação de lesões musculares. É de suma importância que dentistas integrem o time de especialistas no acompanhamento dos atletas", pontua o superintendente Técnico de Odonto da SulAmérica, Rodnei Yogui.

Segundo o especialista, uma higienização adequada deve estar no topo da lista de cuidados com a saúde bucal também para os atletas. O aparelho ortodôntico, por sua vez, é um forte aliado no tratamento de complicações como respiração bucal e má oclusão dentária. Em casos mais graves, o dentista pode recomendar cirurgias reparadoras como a ortognática, para alterar a forma dos ossos do rosto, ou solicitar apoio multidisciplinar, como de um otorrinolaringologista.



Confira a lista com 7 complicações bucais comuns no mundo do futebol:


1- Respiração bucal

Algumas das funções do nariz são: filtrar, umedecer e aquecer o ar, tornando-o mais adequado à passagem pela laringe, traqueia e pulmões. Entretanto, existem jogadores que têm o hábito de respirar pela boca, fato que diminui em 22% o seu rendimento, e ficam expostos a infecções como faringites e amidalites. Além de ressecar as mucosas, causando irritações, alguns podem ter noites mal dormidas e perda de paladar.


2- Má oclusão dentária

A oclusão dentária é o encaixe dos dentes superiores com os inferiores no ato de fechar a boca. Em condições normais, o arco dentário superior deve cobrir parcialmente o arco inferior. Alterações nesse mecanismo podem causar dores de cabeça e zumbido nos ouvidos, comprometendo o desempenho dos jogadores nos treinos ou em campo. A má oclusão dentária também pode levar ao desgaste dos dentes, presença frequente de cáries, dificuldade para mastigar, problemas na articulação da mandíbula e, em casos mais graves, desvios na coluna e má postura.


3- Traumas bucais

Os traumas orofaciais ou dentários são comuns em esportes de contato, como é o caso do futebol. O risco de fraturas é 10% maior entre esses atletas, segundo especialistas. Além disso, o apertamento contínuo dos dentes nos momentos de explosão muscular pode provocar um traumatismo funcional. Em muitos casos, a utilização de um dispositivo de proteção bucal durante a prática esportiva é essencial.


4- Doenças periodontais

São inflamações nas gengivas que podem ser classificas em três estágios: gengivite, periodontite e periodontite avançada. Doenças periodontais nem sempre apresentam dor, por isso é importante estar sempre atento a alguns sinais como gengiva inchada, vermelha ou dolorida e que, muitas vezes, sangram facilmente durante a escovação. Por serem focos infecciosos, determinam queda de até 17% no condicionamento físico e podem aumentar o risco para algumas doenças coronarianas, como a endocardite bacteriana.


5- Ausências dentárias

No esporte, manter uma alimentação saudável e equilibrada é de fundamental importância para o bom rendimento dos jogadores. Ausências dentárias podem comprometer o processo de mastigação e trituração dos alimentos, o que prejudica o máximo aproveitamento do processo nutricional, resultando em quantidade insuficiente de energia e até fadigas precoces da musculatura esquelética.


6- Consumo de isotônicos

Mesmo sendo popular na dieta de atletas, o consumo de isotônicos deve ser moderado. A bebida possui alto índice de açucares, que contribui com a proliferação de placa bacteriana, principal causador de doenças odontológicas como cáries e gengivites. 


7- Dentes do siso

Em esportes de contato, a presença do terceiro molar, o siso, incluso na cavidade oral pode representar um perigo, com risco de fratura mandibular. Se mal posicionado ou em processo de erupção, o siso pode aumentar o risco de infecções bucais, como a pericoronarite, uma inflamação nos tecidos moles ao redor da coroa de um dente parcialmente erupcionado.


Você sabia?
  • A primeira vez em que um cirurgião-dentista brasileiro acompanhou uma Copa do Mundo de Futebol foi em 1958. O Dr. Mário Trigo acompanhou a seleção durante a competição, repetindo este trabalho nas Copas de 62, 66 e 70;
  • A partir do fim do século XX, muitos jogadores começaram a usar protetores bucais durante as partidas para prevenir boladas e encontrões;
  • No Japão, a Odontologia do Esporte já está consolidada há mais de 20 anos.
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SulAmérica

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