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terça-feira, 12 de junho de 2018

Sexualidade feminina: entenda os mistérios que a cercam


A sexualidade feminina percorre diversos períodos da vida da mulher, desde a infância, passando pela adolescência, período adulto, gestação, menopausa até chegar à terceira idade, em todos esses momentos esse comportamento se apresenta de maneiras diferentes. Tratando de sexualidade não existe conceito de normal/anormal; falamos em práticas, comportamentos ou atitudes que causam sensações de prazer, tranquilidade, felicidade ou outras que levam a pessoa ao sofrimento, quando o sentimento que advém é a tristeza ou infelicidade o tratamento ou terapia sexual até indicado.

As principais queixas relacionadas à sexualidade que motivam a busca pelo tratamento são a falta de desejo sexual (desejo hipoativo), falta de orgasmo (anorgasmia), ejaculação rápida e disfunção erétil (importância sexual).
O aspecto mais importante que acompanha o desejo sexual é a libido, que é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida. Esse comportamento está vinculado a aspectos emocionais e psicológicos. Segundo Freud, a libido não está relacionada somente com a sexualidade, mas também está presente em outras áreas da vida, como nas atividades culturais, caracterizadas pela sublimação da energia libidinosa de Freud.

A falta de libido representa, atualmente, a queixa sexual mais comum no universo feminino. As mulheres queixam-se, na maioria das vezes que, em relacionamentos estáveis, após algum tempo de convivência, o desejo vai desaparecendo, chegando algumas vezes à nulidade total. Algumas referem que podem passar meses sem relações sexuais sem que isso lhes faça nenhuma falta.

O tratamento, após afastadas as causas médicas gerais e ginecológicas, compreende terapia sexual que visa analisar a dinâmica da paciente desde o início de sua atividade sexual, avalia também a parceria do casal e propõe alternativas para que ambos recuperem sua vontade e prazer.

Distúrbios sexuais são usualmente diagnosticados quando são parte importante das alterações da sexualidade de um indivíduo. Podem existir por toda a vida o aparecerem devido a experiências de vida ou a patologias clínicas e/ou psiquiátricas.

Dificuldades de relacionamento podem levar ao aparecimento de patologias da sexualidade humana e vice-versa. Essas dificuldades podem ou não desencadear ansiedade na pessoa afetada, dependendo do quadro clínico e da visão que a pessoa possui sobre a importância do sexo em sua vida.

As alterações da função sexual continuam sendo altamente prevalentes e causadoras de sofrimento. É comum que estas alterações sejam escondidas com muito conflito pela pessoa acometida, ocasionando solidão, ansiedade e sintomas de depressão.

Segunda pesquisa feita pelo Ibope, 88% das brasileiras em algum grau de desconhecimento sobre ressecamento vaginal; 20% não sabiam o que é e 68% conheciam pouco. Esse é um problema que atinge muitas mulheres e por diversas vezes passa despercebido. Ele pode ser ocasionado por diversos motivos, desde a falta de excitação suficiente, menopausa, uso de medicamentos e anticoncepcionais, doenças ginecológicas, ansiedade e outros fatores.

Quando uma mulher não sobre de falta de libido e consegue ter uma vida sexual ativa, ela pode atingir o orgasmo, que é a conclusão do ciclo de resposta sexual que corresponde ao momento de maior prazer. Pode ser experimentado por ambos os sexos, dura poucos segundos e é sentido durante o ato sexual ou a masturbação. O orgasmo pode ser detectado com a ejaculação na maioria das espécies de mamíferos masculinos. Na mulher corresponde à contração da musculatura profunda da pelve, na forma de pequenos espasmos periódicos, com duração de alguns segundos, podendo repetir-se mais de uma vez durante o envolvimento sexual. Vale ressaltar que em ambos os sexos o orgasmo é seguido de um período chamado resolução, quando o organismo volta à condição de repouso.

A dificuldade ou incapacidade em atingir o orgasmo representa outra causa muito comum de queixa sexual entre as mulheres, e merece atenção especial porque costuma anteceder a falta completa de desejo. Uma vez que a paciente vive repetidamente a frustração de não conseguir atingir o orgasmo vai perdendo o interesse sexual, até que desenvolva a falta de desejo ou até mesmo a aversão sexual.

O diagnóstico é feito pelo terapeuta sexual, mas muitas vezes o ginecologista será a primeira pessoa para quem a mulher se queixa. O tratamento, como em outros problemas sexuais, passa pela avaliação médica e ginecológica completa. Afastadas doenças gerais, encaminha-se a paciente à terapia sexual. Através de técnicas específicas, o terapeuta pode buscar a raiz do problema e tratá-la adequadamente. Após algum tempo de acompanhamento a paciente consegue voltar a ter prazer nas relações.





Dra. Flávia Fairbanks


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