A sexualidade feminina percorre diversos períodos da vida da mulher, desde a infância, passando pela adolescência, período adulto, gestação, menopausa até chegar à terceira idade, em todos esses momentos esse comportamento se apresenta de maneiras diferentes. Tratando de sexualidade não existe conceito de normal/anormal; falamos em práticas, comportamentos ou atitudes que causam sensações de prazer, tranquilidade, felicidade ou outras que levam a pessoa ao sofrimento, quando o sentimento que advém é a tristeza ou infelicidade o tratamento ou terapia sexual até indicado.
As principais queixas relacionadas à sexualidade
que motivam a busca pelo tratamento são a falta de desejo sexual (desejo
hipoativo), falta de orgasmo (anorgasmia), ejaculação rápida e disfunção erétil
(importância sexual).
O aspecto mais importante que acompanha o desejo
sexual é a libido, que é caracterizada como a energia aproveitável para os
instintos de vida. Esse comportamento está vinculado a aspectos emocionais e
psicológicos. Segundo Freud, a libido não está relacionada somente com a
sexualidade, mas também está presente em outras áreas da vida, como nas
atividades culturais, caracterizadas pela sublimação da energia libidinosa de
Freud.
A falta de libido representa, atualmente, a
queixa sexual mais comum no universo feminino. As mulheres queixam-se, na
maioria das vezes que, em relacionamentos estáveis, após algum tempo de
convivência, o desejo vai desaparecendo, chegando algumas vezes à nulidade
total. Algumas referem que podem passar meses sem relações sexuais sem que isso
lhes faça nenhuma falta.
O tratamento, após afastadas as causas médicas
gerais e ginecológicas, compreende terapia sexual que visa analisar a dinâmica
da paciente desde o início de sua atividade sexual, avalia também a parceria do
casal e propõe alternativas para que ambos recuperem sua vontade e prazer.
Distúrbios sexuais são usualmente diagnosticados
quando são parte importante das alterações da sexualidade de um indivíduo.
Podem existir por toda a vida o aparecerem devido a experiências de vida ou a
patologias clínicas e/ou psiquiátricas.
Dificuldades de relacionamento podem levar ao
aparecimento de patologias da sexualidade humana e vice-versa. Essas
dificuldades podem ou não desencadear ansiedade na pessoa afetada, dependendo
do quadro clínico e da visão que a pessoa possui sobre a importância do sexo em
sua vida.
As alterações da função sexual continuam sendo
altamente prevalentes e causadoras de sofrimento. É comum que estas alterações
sejam escondidas com muito conflito pela pessoa acometida, ocasionando solidão,
ansiedade e sintomas de depressão.
Segunda pesquisa feita pelo Ibope, 88% das
brasileiras em algum grau de desconhecimento sobre ressecamento vaginal; 20%
não sabiam o que é e 68% conheciam pouco. Esse é um problema que atinge muitas
mulheres e por diversas vezes passa despercebido. Ele pode ser ocasionado por
diversos motivos, desde a falta de excitação suficiente, menopausa, uso de
medicamentos e anticoncepcionais, doenças ginecológicas, ansiedade e outros
fatores.
Quando uma mulher não sobre de falta de libido e
consegue ter uma vida sexual ativa, ela pode atingir o orgasmo, que é a
conclusão do ciclo de resposta sexual que corresponde ao momento de maior
prazer. Pode ser experimentado por ambos os sexos, dura poucos segundos e é
sentido durante o ato sexual ou a masturbação. O orgasmo pode ser detectado com
a ejaculação na maioria das espécies de mamíferos masculinos. Na mulher
corresponde à contração da musculatura profunda da pelve, na forma de pequenos
espasmos periódicos, com duração de alguns segundos, podendo repetir-se mais de
uma vez durante o envolvimento sexual. Vale ressaltar que em ambos os sexos o
orgasmo é seguido de um período chamado resolução, quando o organismo volta à
condição de repouso.
A dificuldade ou incapacidade em atingir o
orgasmo representa outra causa muito comum de queixa sexual entre as mulheres,
e merece atenção especial porque costuma anteceder a falta completa de desejo.
Uma vez que a paciente vive repetidamente a frustração de não conseguir atingir
o orgasmo vai perdendo o interesse sexual, até que desenvolva a falta de desejo
ou até mesmo a aversão sexual.
O diagnóstico é feito pelo terapeuta sexual, mas
muitas vezes o ginecologista será a primeira pessoa para quem a mulher se
queixa. O tratamento, como em outros problemas sexuais, passa pela avaliação
médica e ginecológica completa. Afastadas doenças gerais, encaminha-se a
paciente à terapia sexual. Através de técnicas específicas, o terapeuta pode
buscar a raiz do problema e tratá-la adequadamente. Após algum tempo de
acompanhamento a paciente consegue voltar a ter prazer nas relações.
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