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quarta-feira, 13 de junho de 2018

O mundo mudou... e o jeito que você avalia uma franqueadora, também: aprenda 5 itens que um investidor precisa analisar antes de comprar uma franquia


Histórico da marca, saúde financeira atual, forma como se relaciona com os franqueados, planejamento para os próximos anos e onde investe seus recursos são itens que vão além do básico – mas, que podem determinar quanto tempo essa marca sobreviverá no mercado


A maior feira de franquias do Brasil. A ABF Franchising Expo, será realizada entre os dias 27 e 30 de junho, em São Paulo, e milhares de pessoas visitarão o evento em busca de uma oportunidade de negócios.

Esse evento é realizado há mais de 20 anos e, nesse período, muita coisa mudou. “O varejo deixou de ser exclusivamente presencial, passando a utilizar da tecnologia virtual como grande aliada. Inúmeras marcas que eram sucesso deixaram de existir, outras nasceram pequenas e cresceram exponencialmente; a concorrência é enorme, atualmente, e se faz necessário inovar o tempo todo. Por tantas mudanças, é preciso que o investidor também analise as empresas franqueadoras sob aspectos diferentes do que fazia há alguns anos”, explica Melitha Novoa Prado, advogada especializada em Franchising e Varejo.

Melitha explica que tão importante quanto submeter a COF – Circular de Oferta de Franquia, o Pré-Contrato e o Contrato a um bom advogado, especializado em Franchising, é avaliar pontos muito mais subjetivos da gestão da franqueadora, como a forma como ela se relaciona com sua rede franqueada, os planos que ela tem para o futuro e a maneira como ela investe seus recursos. Além disso, há pontos objetivos, mas, que alguns investidores deixam de lado, por se iludirem por aparências. “Alguns potenciais franqueados acreditam, erroneamente, que franqueadores desfilando com carros caríssimos e ostentando viagens, entre outras riquezas pessoais, demonstram boa saúde financeira empresarial. Porém, se levantarem o histórico financeiro das empresas coligadas à franqueadora e da própria franqueadora, verão que elas têm dívidas e estão à beira da falência. Esse é um sinal claro que, a qualquer momento, o castelo de cartas desmoronará e os franqueados cairão junto. Portanto, um dos estudos mais importantes a ser feito é o da saúde financeira atual da franqueadora e das empresas coligadas a ela”, alerta a advogada.

Melitha Novoa Prado aponta outras quatro análises importantes para quem busca uma franquia na feira da ABF:


1)     Histórico da empresa e de seus franqueadores – Vale todo tipo de pesquisa: do famoso Google, que traz reportagens novas e antigas e apontam mudanças na carreira de executivos, falências de empresas e outras movimentações; a pesquisas em órgãos de proteção ao crédito, quanto mais informações relevantes você obtiver sobre a empresa e seus sócios, com coerência, mais conseguirá traçar um perfil de idoneidade. Obviamente, vale o bom senso: o excesso, o que causa estranhamento é que deve ser levado em conta – e não o cotidiano de uma empresa.


2)     Forma como a franqueadora se relaciona com os franqueados – Para obter essas informações, obrigatoriamente, você precisará conversar com franqueados e ex-franqueados da marca. Esse é um dos pontos mais importantes na hora de comprar uma franquia – e um dos mais negligenciados pelos investidores, infelizmente. E não vale conversar apenas com os indicados pelo franqueador, é necessário procurar outros, por conta própria. Pergunte, sinta o que eles têm a dizer e não se constranja ao questionar o que realmente deseja descobrir. Em relação ao relacionamento, ele precisa ser próximo, transparente e de colaboração mútua – ou a parceria jamais será duradoura.


3)     Quais são os planos da marca para os próximos anos? – Se o franqueador responder que deseja ter 120 novas lojas nos próximos cinco anos e ele abriu 30 nos últimos cinco anos, você já tem um ponto a se preocupar, afinal, em qual milagre ele acredita? Cinco anos somam 60 meses, certo? Para abrir 120 lojas, ele precisa inaugurar duas por mês. Se ele não fez 25% disso no mesmo período anterior, por que conseguiria realizá-lo agora? Que estrutura tem para tanto? Além disso, se os planos da marca visam apenas à expansão, esse é um franqueador que não pensa na sustentação do negócio, nas franquias já implantadas – e você não terá inovação para tocar seu negócio. A boa franquia é aquela que projeta o futuro concretamente, estruturando-se agora para concorrer adiante.


4)     Onde a franqueadora investe seus recursos? – Essa é uma excelente pergunta a ser fazer a um franqueador e está intimamente ligada à questão anterior. A franqueadora que projeta estar no mercado daqui a dez, 20 anos, precisa investir em estrutura. O que isso significa? Capacitação de pessoas, criação de departamentos, relacionamento com fornecedores, estruturação de processos, fábricas (se for o caso), desenvolvimento de produtos e marcas, investimento em publicidade e relacionamento com o cliente, enfim, tudo faz parte de reinvestir parte do que fatura para que o negócio cresça. A empresa é sua própria sócia, ou seja, se os sócios-franqueadores pensarem apenas em ‘sangrar’ o negócio, com retiradas pessoais, sem reinvestir nele, ele não terá futuro. E isso pode ser sentido pelo potencial franqueado em conversas e visitas que demonstrem como a franqueadora está estruturada e se estruturando. 



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