O objetivo do dia de conscientização da cardiopatia
congênita, celebrado hoje (12), é colaborar com a diminuição da mortalidade
infantil.
Dia 12 de junho é celebrado o Dia de
Conscientização da Cardiopatia Congênita. A data tem como objetivo
conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, da preparação dos
hospitais e maternidades para atender esse paciente e sua família, além de
profissionais que estejam aptos para dar todo o suporte e assistência a essas
crianças.
A cardiopatia congênita é uma má
formação que acomete o coração dos bebês. Dentre os defeitos congênitos,
corresponde de 20% a 40% dos óbitos decorrentes de malformações. Segundo dado
do Ministério da Saúde, é considerada a terceira maior causa de mortes de bebês
antes de completar 30 dias e equivale a cerca de 10% das causas de
mortalidade infantil.
Para a Dra. Cláudia Regina Pinheiro
de Castro Grau, cardiologista pediátrica e fetal do Hospital e Maternidade São
Luiz Itaim, a atenção à saúde do feto e da mãe é um dos fatores mais relevantes
para a queda da mortalidade infantil. “O mais importante é orientar as famílias
da importância do pré-natal bem feito, pois diagnosticar a doença durante a
gestação melhora a perspectiva do tratamento das cardiopatias graves.
Dependendo do caso, logo após o nascimento do bebê, a cirurgia já pode ser
realizada, minimizando riscos e futuros problemas”, explica a especialista.
Além dos exames de ultrassom, toda
grávida deve realizar o ecocardiograma fetal. É por meio dele que o médico
especialista em cardiologia fetal observará as estruturas do coração do bebê e
sua funcionalidade, verificando se estão de acordo com o esperado. “Atualmente
é sugerido que o ecocardiograma fetal seja incluído na rotina do pré-natal, uma
vez que 90% das más-formações cardíacas ocorrem sem nenhum fator de risco”,
orienta a dra. Cláudia Regina.
Os fatores que podem levar ao
desenvolvimento de uma cardiopatia congênita são diversos, que vão desde
influência do ambiente, diabetes, lúpus, infecções congênitas, que alteram o
desenvolvimento do coração fetal e ocorrem nas primeiras oito semanas de
gravidez; uso de drogas, tabaco, medicações, exposição a raios-X durante a
gravidez, até a herança familiar.
A identificação do problema auxilia o
médico a fazer um planejamento do nascimento e do tratamento. Além de ajudar a
família a entender melhor o que está por vir. “Em alguns casos o tratamento é
intrauterino e, em outros, logo após o nascimento. Sua identificação precoce
colaborará com o sucesso do procedimento, além de contribuir parra a melhora da
morbidade e mortalidade infantil”, destaca. “É muito importante que as famílias
escolham instituições que ofereçam uma infraestrutura completa, UTI neonatal,
hemodinâmica, além de uma equipe multidisciplinar preparada e experiente”.
Sobre o Centro Especializado em Medicina Fetal
(Cemefe)
A maternidade Itaim possui um Centro Especializado em Medicina
Fetal (Cemefe), que é um serviço de atendimento às gestantes durante o
pré-natal. Espaço exclusivo, onde as futuras mamães têm à sua disposição um
ambiente confortável onde podem fazer uma série de exames contando com uma
equipe altamente especializada e tecnologia de ponta a fim de proporcionar o
máximo de segurança e apoio para a gestante e seu obstetra.
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