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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Tratamento de Doenças Inflamatórias Intestinais proporciona qualidade de vida aos portadores da enfermidade


O rápido diagnóstico é fundamental para o desenvolvimento de um plano terapêutico adequado às necessidades do paciente


As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) atingem ambos os sexos de forma equivalente, prevalecendo em jovens com idade entre 20 e 40 anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, a incidência de Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa está aumentando nos países em desenvolvimento e, entre outros motivos, pode estar indiretamente relacionada aos hábitos alimentares atuais de consumo ocidentais. 

As DII são caracterizadas por uma inflamação crônica, de caráter recorrente, que resultam de uma resposta imunológica inapropriada, em indivíduos geneticamente suscetíveis, englobando essencialmente duas formas de apresentação: a Retocolite Ulcerativa e a Doença de Crohn. A Retocolite Ulcerativa é caracterizada por uma inflamação na camada superficial (mucosa) do intestino grosso (cólon) e reto. Já a Doença de Crohn, caracteriza-se por uma inflamação transmural crônica do tubo digestivo, o que significa que pode envolver toda a espessura da parede intestinal, que pode acometer da boca ao ânus de forma segmentar ou salteada, com frequente comprometimento da região ileal (final do intestino delgado).

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de um rápido diagnóstico dessas doenças, que podem fazer toda a diferença na designação do tratamento mais adequado para as necessidades de cada paciente. Segundo o gastroenterologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Matheus Azevedo, para a escolha apropriada da melhor abordagem terapêutica é necessário considerar diversos fatores. “É preciso analisar o grau de atividade clínica e endoscópica da doença, localização, extensão, comportamento, eficácia da droga e seus potenciais efeitos colaterais, resposta prévia a algum tipo de tratamento, presença de manifestações extraintestinais ou complicações relacionadas à doença”, explica. 

O diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) depende de um conjunto de dados da história clínica, exame físico, exames laboratoriais, e de procedimentos endoscópicos e radiológicos. Dentre os principais sintomas estão: dor abdominal, diarreia com ou sem sangramento e perda de peso. Cerca de 25% dos pacientes podem apresentar manifestações extraintestinais, como sintomas de pele e oculares, problemas nas articulações e febre. “Na última década houve um grande avanço no tratamento das DII. O uso de drogas imunobiológicas, especificamente para aqueles casos moderados a graves, assumiu um papel fundamental no controle da inflamação intestinal. Se adequadamente tratado, o paciente portador de DII pode ter uma qualidade de vida semelhante a qualquer outra pessoa”, aponta Dr. Matheus.


DII e câncer 

Tanto a Doença de Crohn (que acomete o colón) quanto a Retocolite Ulcerativa, aumentam em cerca de duas vezes o risco de câncer colorretal quando comparado com a população em geral, principalmente se não forem adequadamente tratadas. A previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca), é de que em 2018 sejam diagnosticados cerca de 36,3 mil novos casos de câncer colorretal. Este é o segundo tipo de tumor mais frequente em mulheres e o terceiro entre os homens. Nos Estados Unidos a doença é a terceira principal causa de morte relacionada ao câncer em homens e mulheres.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

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