Apesar de inerente ao ser humano, o problema pode
atrapalhar em diversas áreas da vida, até mesmo na busca de uma colocação profissional.
No momento de enfrentar um processo seletivo para
uma vaga de emprego, além do avaliador e dos concorrentes, pode haver mais um
adversário para o candidato: a ansiedade. E não poderia ser diferente, pois,
segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no
último trimestre, o desemprego no país foi de 13,1%, em média, a maior taxa
desde maio do ano passado. Por isso, quando o candidato tem a oportunidade de
conseguir uma recolocação, a ansiedade pode interferir neste momento, tão
importante e raro nos dias de hoje.
Mas, afinal de contas, o que é ansiedade e como ela
pode atrapalhar não somente uma entrevista de emprego, mas também outras áreas
da vida? A Dra. Cristina da Fonseca, psicóloga, psicopedagoga e especialista em
transtornos de ansiedade, explica que o problema é normal até um determinado
estágio, pois se trata de uma emoção que ajuda o ser humano a lidar com as
dificuldades e situações desafiantes ou perigosas. “Independente da idade, a
ansiedade pode se manifestar em maior grau. Desta forma, é fundamental procurar
ajuda especializada quando o problema interfere no nosso cotidiano, afetando as
relações sociais, profissionais, amorosas etc”, diz a especialista.
Diante de uma oportunidade de emprego, a ansiedade
pode se intensificar porque o candidato está sobre estresse emocional, o que
pode refletir no seu estado físico também. “Não raro, nesse momento, o
candidato cria grandes expectativas diante da possibilidade de conseguir a vaga
aspirada. Por isso, pode sentir insegurança, nervosismo, voz trêmula, pernas
inquietas, suor excessivo nas mãos, dentre outros sintomas visíveis ao
avaliador, prejudicando o rendimento nas avaliações e testes da empresa”,
descreve a psicóloga.
Origem
Segundo estudos científicos, há diversos fatores
que podem causar a ansiedade, inclusive, genéticos, ambientais e individuais.
Normalmente, o genético está ligado a situações e históricos familiares; o
fator ambiental está vinculado a algum evento traumático ou estressante que a
pessoa passou ao logo da vida, e o individual está relacionado ao próprio
pensamento da pessoa, isto é, a forma como ela enfrenta os problemas do dia a
dia.
“Vale reforçar que, independente da origem, da
idade e do grau de ansiedade, é possível realizar um trabalho intenso e eficaz
no consultório para evitar que o problema fuja do controle. Há, inclusive,
atividades aplicadas em consultório que podem avaliar se o transtorno se
manifesta de forma exacerbada no paciente. Contudo, para quem deseja diminuir o
problema de forma rápida a fim de não prejudicar durante o processo seletivo
para uma vaga de emprego, a psicóloga aponta que atividades físicas, técnicas
de relaxamento, meditação e controle de respiração são algumas dicas que podem
ajudar neste momento”, conclui.
Fonte: Cristina da Fonseca - Psicóloga e
Psicopedagoga especialista em crianças, adolescentes e adultos. Formação em
Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC (Centro de Estudos em Terapia
Cognitivo Comportamental). Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental
para Atuação em Múltiplas Necessidades Terapêuticas. Experiência com
transtornos de ansiedade e trabalho em grupo para pessoas que sofrem de
ansiedade.
Instagram: @psicrisfonseca
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