Até quando os poderes de Estado
continuarão vivendo às nossas custas sem fazerem o que devem? Até quando
deixarão de lado o interesse nacional para curtirem seus “baratos” ideológicos,
platitudes filosóficas e nebulosas teorias? Indignar-nos ante a violência e a
insegurança é tudo que podemos e, até a isso, se permitem execrar classificando
como “sanha punitivista”. Padece e não reclama!
Irmãos nossos estão sendo mortos, bens
estão sendo tomados e há uma violenta guerra assimétrica declarada pelo crime
contra a indefesa sociedade. Como chegamos a isso? Com governantes que deveriam
construir presídios e não o fizeram e com legisladores e magistrados que,
detendo o monopólio da reação, da elaboração das leis, da condenação e da
execução penal, distribuindo benefícios aos criminosos na magnanimidade de quem
leva presente de Natal ao asilo. Ora, por favor!
Na cena de ontem, um delegado da polícia
federal foi morto dentro de casa por dois bandidos, um dos quais beneficiado
por generosa “saidinha” do Dia das Mães. Na cena de anteontem, o criminoso da
vez investiu, arma na mão, contra mães e crianças diante de uma escola (!), com
o intuito de assaltar uma ou todas. Felizmente, o caso acabou bem, com o
bandido morto graças à ação expedita e correta de uma militar. É pouco provável
que se tratasse de iniciante na vida criminosa.
Graças à impunidade oficializada,
sacramentada por magistrados e legisladores ideologizados e avoados, que olham
para essas cenas e se penalizam dos bandidos, convivemos com condenados soltos,
a praticar crimes, e há mais criminosos nas ruas do que nas prisões. A
contragosto, centenas de milhares de brasileiros estão deixando o país para
levar suas vidas em lugares mais seguros.
Nas próximas eleições temos que exigir
daqueles em quem votarmos compromisso com a construção de presídios, apoio à
atividade policial e avigoramento da legislação penal.
Percival Puggina -
membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor
e titular do site www.puggina.org,
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do
Brasil, integrante do grupo Pensar+.
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