Embora
os exames sejam recomendados a partir de 40 anos, pessoas com histórico de
doença cardíaca devem ir ao médico antes dessa idade
Identificar
doenças silenciosas em pacientes sem sintomas. Esse é o principal motivo para a
realização de check-ups, de acordo com o cardiologista Rodrigo Cerci, diretor
de Pesquisa e Inovação e coordenador do Serviço de Angiotomografia Cardíaca da
Quanta Diagnóstico e Terapia. “Há inúmeras histórias de pacientes que não
tinham sintomas, não sentiam nada e, de repente, tiveram um infarto fulminante.
O check-up cardíaco é uma forma de diagnosticar pessoas que tenham um risco
maior de desenvolver doenças cardíacas, ou já tenham alguma, como a aterosclerose,
formação de placas de colesterol nas artérias, e tratá-las antes que aconteça
algo mais grave”, afirma.
O
cardiologista explica que a partir dos 40 anos é recomendando começar a fazer o
check-up regularmente, mas que isso não é uma regra. “Essa idade é só uma marca
que pode ser mudada dependendo do caso. Pacientes com risco muito grande, como,
por exemplo, uma família em que todo mundo infartou com 30 ou 40 anos, devem
começar as avaliações cardiológicas muito mais cedo”, ressalta.
O
primeiro passo do check-up é uma boa conversa com o paciente. “Na consulta, o
cardiologista precisa saber se o paciente tem histórico familiar que favoreça o
aparecimento de doenças cardíacas, descobrir se ele fuma, se faz exercícios
físicos, se está se alimentando corretamente. Depois disso, é possível fazer
avaliações básicas para observar outros fatores de risco: aferir a pressão
arterial, solicitar alguns exames de sangue básicos para diagnosticar diabetes,
por exemplo, ou os níveis de colesterol, que podem ser elevados e não
apresentar sintomas.”
A
realização de exames mais detalhados é indicada de acordo com o histórico e
risco de cada um. “Se o paciente não tem nenhum sintoma, o médico faz uma
avaliação inicial. Se ele tem baixíssimo risco, não precisa, necessariamente,
fazer nenhum outro exame. Se há um risco moderado ou intermediário, aí é
possível a indicação, por exemplo, do escore de cálcio, que detecta
aterosclerose nas artérias coronárias, e assim por diante”, conta.
Segundo
Rodrigo Cerci, os exames como a angiotomografia coronariana, o teste de esteira
ou a cintilografia são mais indicados para pacientes que já têm algum indício,
como dor no peito. “Nesses casos, o médico já está investigando, procurando
algo a mais”, diz. Porém, esses exames também podem ser indicados para quem
está fazendo um check-up antes de começar a prática de um exercício físico, por
exemplo. “Às vezes, uma pessoa que deseja começar algum esporte pode ter
a indicação de um teste de esteira para saber como está a capacidade física”,
ressalta.
Vida
saudável
O
médico enfatiza que, de forma geral, antes mesmo da realização do check-up, a
principal forma de evitar as doenças cardíacas é ter um estilo de vida
saudável. A principal dica do cardiologista é procurar uma harmonia. “O estilo
de vida saudável nada mais é do que você conseguir ter bom senso em tudo o que
você faz. Não precisa correr uma maratona para ter um estilo de vida saudável,
mas você precisa fazer algum tipo de atividade física. Não precisa deixar de
comer vários tipos de alimentos. Você pode comer de tudo em pouca quantidade.
Muitas vezes, buscamos extremos: queremos saber se isso é bom ou se isso é
ruim. Contudo, na maioria das vezes, os extremos é que são ruins: não fazer
nada ou exagerar no que faz. Ou seja, estilo de vida saudável é ter
equilíbrio”, salienta Rodrigo Cerci.
Quanta
Diagnóstico e Terapia
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