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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Relacionamento e oportunidade: como crescer com a nova China



Em novembro de 2012, o presidente chinês, Xi Jinping, discursou dizendo que o país precisa conhecer mais o mundo assim como o mundo também precisa conhecê-lo. E agora, em outubro deste ano, o líder confirma o mesmo caminho e a China continua com a política de abertura do mercado.

Sob a liderança de Xi Jinping, o gigante asiático obteve um fantástico crescimento nos últimos cinco anos, período esse em que o PIB saltou de 54 trilhões para 80 trilhões de yuans (cerca de 12 trilhões de dólares). Apenas para se ter uma ideia, o país deve, este ano, adicionar mais de 700 bilhões de dólares de riqueza ao PIB. Tal resultado é um sinal muito positivo para o Brasil já que, por quase uma década, a China tem sido o principal mercado de destino das exportações brasileiras. 

Além disso, a China nos últimos 5 anos tem trazido mais de 53 bilhões de dólares em investimentos diretos anunciados em diversos setores da economia brasileira como óleo e gás, energia (tanto em transmissão como em geração), infraestrutura, tecnologia, dentre outros. Isso sem contar os inúmeros projetos de investimento em fase de prospecção e maturação nos segmentos de energia renovável, infraestrutura de comunicação, internet, locomoção, ferrovia, portos e saneamento.

Outro ponto de destaque do plano do governo é a continua urbanização, que aliada a uma nova classe média que não para de crescer e que está ávida para comprar novos produtos e serviços, significa mais importações e oferta de serviços globais de nível cada mais abrangente e exigente.

Diante desse cenário, fica evidente como a transformação econômica da China abre novas oportunidades para as empresas brasileiras aumentarem a presença na China, o que significa, também, chances de parceria para trocas de conhecimento para benefício mútuo. 
Entretanto, é preciso atenção a um ponto cultural extremamente importante. Para participar das diversas oportunidades que se nascem todo dia, é preciso criar ou fortalecer o seu guanxi, que é a rede de relacionamentos dentro da China. E isso significa visitar o país, fazer contatos e criar amizades duradouras. 

Tal ação se aplica até mesmo em setores onde a China possui elevada capacidade de produção como, por exemplo, a indústria de calçados. Esse, que é um segmento tradicionalmente forte e muito expressivo, ainda faz um grande número de importações. Devido a isso, existem empresas, inclusive no Brasil, que vendem parte da produção já finalizada para o mercado chinês. Mas que foi possível a partir de anos cultivando o guanxi.

Conforme anunciado, a China agora possui novas metas ambiciosas para os próximos 30 anos. A primeira fase será tornar-se uma nação inovadora de primeira linha até 2035. Depois, até 2050, o foco é ter influência global pioneira. E, por isso, não há dúvidas que o país continuará seguindo o ritmo de investimentos no exterior e aumentando o fluxo de importação e exportação, o que abre diversas oportunidades ao Brasil. Do nosso lado, é preciso que busquemos conhecer mais a China e cada vez mais cultivar o guanxi. Há espaço e oportunidades para todos.






Daniel Lau - sócio da KPMG no Brasil

Site: kpmg.com/BR
Facebook: facebook.com/KPMGBrasil




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