Com a hashtag #NãoMateTrate, ARCA
Brasil e Brasileish mobilizam redes sociais para salvar a vida de cães. A
ação alerta a população sobre o direito que as pessoas têm de tratar seus cães
com Leishmaniose Visceral Canina e não condená-los à eutanásia
Como o dia 10 de agosto é o Dia
Nacional de Combate à Leishmaniose Visceral Canina, a segunda semana do mês
ficou conhecida como a Semana de Combate à LVC. Para se ter ideia, a doença
afeta mais de 3.500 pessoas por ano no Brasil. Para cada humano afetado, a
estimativa é que haja 200 cães infectados, segundo o Ministério da Saúde.
Para preservar a vida dos animais, que
antes tinham que ser sacrificados, a ARCA Brasil - Associação Humanitária de
Proteção e Bem-Estar Animal e o Brasileish - Grupo Brasileiro de Estudos sobre
Leishmaniose Canina, estão divulgando o manifesto “Não Mate, Trate”, que tem como
objetivo alertar a população de que, após muita espera, o tratamento da doença
foi aprovado pelos Ministérios da Saúde e da Agricultura. Agora, lutar pela
vida dos cães é um direito.
“Como a aprovação do tratamento é
recente, tutores e veterinários têm dúvida sobre o assunto, ou simplesmente
desconhecem esta alternativa. Infelizmente, ainda há muitos profissionais que
indicam a eutanásia, já que esse era o procedimento padrão até recentemente. As
pessoas precisam saber que o tratamento existe e que ele é uma escolha a ser
feita pelos tutores”, afirma Marco Ciampi, presidente da ARCA Brasil.
Para dar força ao tema, foi publicado
nas redes sociais o vídeo “Os cães de nossa vida”, que mostra as histórias
reais de cães que tiveram a opção de serem tratados por seus tutores. Confira
em https://goo.gl/f4dPmU. O manifesto também está mobilizando
artistas e influenciadores que estão compartilhando a #NãoMateTrate em suas
redes sociais.
Tratamento é opção!
Até janeiro deste ano, o procedimento
preconizado pelas autoridades para cães diagnosticados com Leishmaniose era a
eutanásia, sob a alegação de que eles fazem parte do ciclo epidemiológico da
doença, que é transmitida pelo mosquito-palha, e de que não haviam evidências
científicas que garantissem a redução da infectividade dos animais tratados.
O tratamento com Milteforan, único
medicamento aprovado pelos Ministérios da Saúde e da Agricultura no Brasil,
possibilita a melhora clínica dos animais, garantindo assim melhora na
qualidade de vida dos cães, redução significativa da carga parasitária e,
consequentemente, promove o bloqueio e/ou redução do risco de transmissão da
doença.
“Estamos falando de uma doença crônica
e muito agressiva, então é preciso que os tutores assumam a responsabilidade
pelo tratamento”, explica o veterinário Fábio Nogueira, um dos fundadores do
Brasileish. “A guarda responsável é muito importante, pois o tratamento dura
toda a vida do cão, necessitando de acompanhamento constante do veterinário.”
Bom dia. Boa tarde. Boa noite.
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