Depois do Tesouro Direto, os CDB é uma das opções mais procuradas
por investidores de primeira viagem. Saiba por quê.
O certificado de
depósito bancário, mais conhecido como CDB, é um título privado emitido por
bancos que tem atraído cada vez mais investidores de primeira viagem à procura
de opções em renda fixa. Desde que o brasileiro aumentou seu interesse por
investimentos, as aplicações em Tesouro Direto dispararam e, em janeiro desse
ano, totalizaram R$ 2,47 bilhões. O CDB pegou carona no interesse da população
em aplicações mais rentáveis que a poupança e sua procura aumentou
consideravelmente no último ano, de acordo com a Rico, empresa digital de
investimentos.
“Da maneira mais
simplista, o CDB poderia ser entendido como um empréstimo que o cliente faz ao
banco por um prazo acordado e a instituição devolve esse montante acrescido de
uma taxa de juros no período”, explica Roberto Indech, analista-chefe da Rico.
No Brasil, o
estoque de CDB expandiu três vezes mais no primeiro semestre de 2017 na
comparação com mesmo período de 2016, segundo informações da Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O
aumento pode ser explicado, principalmente, pela busca dos investidores por
aplicações mais seguras e taxas de retorno atrativas, em especial de bancos
médios e pequenos.
Roberto Indech
aponta quatro vantagens que contribuem para a popularidade dos CDB:
1) Taxas de
retorno atrativas
O investimento
em CDB oferece taxas de rentabilidade atrativas para o investidor. Em grandes
bancos de varejo, elas giram em torno dos 80% ou 90% do CDI, enquanto em casas
independentes é possível encontrar modalidades com rentabilidade de 118% do CDI
e vencimento entre dois e três anos.
2) Baixo risco
O CDB conta com
a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos de até R$
250 mil por CPF e por instituição financeira (limite do valor protegido). Na
prática, isso significa que caso o Banco Central decrete falência do banco
emissor do ativo, o investidor tem garantias legais de que vai receber o valor
investido.
3) Custo zero
As corretoras de
investimento ou bancos não cobram taxas de custódia para aplicações no CDB, ao
contrário do que acontece com fundos de investimento. Caso o investidor resgate
sua aplicação em menos de 30 dias, terá que pagar IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras) sobre o valor investido. Há também cobrança de Imposto de Renda
regressivo, ou seja, quanto maior o tempo que valor fica investido, menor a
taxa do IR cobrada com o limite de 15% sobre os rendimentos.
4) Liquidez
diária
Alguns CDBs têm liquidez diária, assim como a
poupança e alguns títulos do Tesouro Direto, por isso podem ser resgatados
quando o investidor sentir necessidade. No entanto, outros CDB podem exigir que
o prazo de vencimento seja respeitado para não cobrar a carência. Nesses casos,
geralmente o retorno é mais vantajoso para quem aplica a longo prazo (De 3 a 5
anos). Para saber se vale à pena ou não escolher um CDB com liquidez diária, o
investidor precisa ter em mente quando vai precisar do dinheiro de volta. Se
não há prazo definido e o valor investido será usado para imprevistos ou
emergências, a liquidez diária é uma boa opção.
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