Até que ponto a degeneração macular
relacionada com a idade não é diagnosticada quando está realmente presente?
Aproximadamente
25% dos olhos considerados normais, com base em um exame ocular, feito por um
oftalmologista, apresentaram características maculares que indicaram
degeneração macular relacionada à idade, de acordo com um estudo
publicado pela JAMA Ophthalmology.
Aproximadamente
14 milhões de americanos têm degeneração macular relacionada à idade, DMRI, e,
à medida que a população envelhece, este problema de saúde pública deve piorar.
A degeneração macular relacionada com a idade é a principal causa de
comprometimento irreversível da visão em idosos, nos Estados Unidos, mas pouco
se sabia se a doença era devidamente diagnosticada.
Cientistas
da Universidade do Alabama realizaram um estudo que incluiu 644 pessoas com 60
anos ou mais, com saúde ocular normal, segundo registros médicos com base em
exames oculares recentes. O diagnóstico da DMRI foi baseado em exames de
imagens.
A
amostra contou com 1.288 olhos de 644 participantes (idade média, 69 anos)
examinados por 31 oftalmologistas. Um total de 968 olhos (75%) não
apresentava DMRI, segundo os registros médicos; 320 (25%) apresentaram DMRI
apesar de não haver diagnóstico da doença no registro médico. Entre os olhos
com DMRI não diagnosticada, 78% tinham pequenos depósitos sob a retina
(drusas), 78% tinham drusas intermediárias e 30% tinham drusas grandes.
“A
DMRI não diagnosticada foi associada à idade do paciente mais velho, ao sexo
masculino e a uma escolaridade inferior à do ensino médio. Os autores observam
que os olhos com DMRI não diagnosticada que possuíam DMRI com drusas grandes
teriam sido tratáveis com suplementos
nutricionais se tivessem sido diagnosticados precocemente”,
afirma o oftalmologista Virgílio Centurion,
diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
O
estudo observou algumas limitações. Os motivos subjacentes ao subdiagnóstico da
DMRI permanecem obscuros. “Como os tratamentos para os primeiros estágios da
DMRI estão sendo desenvolvidos, a identificação correta da DMRI será
fundamental para encaminhar os pacientes ao tratamento o mais rápido possível
para que a doença possa ser tratada nas suas primeiras fases e a perda de visão
central possa ser evitada”, afirma o oftalmologista Juan Caballero, que também
integra o corpo clínico do IMO.
“Exames
detalhados do fundo do olho ainda são uma boa maneira de diagnosticar a DMRI,
especialmente em pacientes com os fatores de risco comuns, como idade avançada,
história familiar de DMRI, hipermetropia e outros. A DMRI não é necessariamente
difícil de diagnosticar, mas as formas iniciais, que mostram mudanças
pigmentares e drusas pequenas podem ser muito sutis e requerem um exame de
fundo de olho muito detalhado. Já as formas avançadas da doença, como a DMRI
exsudativa ou molhada, são mais prontamente diagnosticadas e enviadas
prontamente para subespecialistas vitreorretinais para intervenção”, explica
Caballero.
IMO,
Instituto de Moléstias Oculares.
Facebook: https://www.facebook.com/imosaudeocular
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