Em
homenagem ao Dia dos Pais, psicanalista e sexóloga Lelah Monteiro fala sobre a
importância dos papais cuidarem da saúde física e emocional
Tidos
como super-heróis e invencíveis, os pais, muitas vezes, carregam uma ‘carga’ muito
pesada no dia a dia. De acordo com a psicanalista e sexóloga Lelah
Monteiro (www.lelahmonteiro.com.br), além do excesso de stress no
trabalho, os pais tem que lidar ainda com a cobrança social e familiar, o que
tem feito os homens produzirem menos e terem menos vontade de realizar. “E nada
melhor do que comemorar o Dia dos Pais lembrando que eles merecem cuidar da
saúde física e emocional”.
Segundo
Monteiro, pensamentos como homem não chora, não engravida, não fica doente já
estão ultrapassados. “Há pouco tempo começamos a falar da saúde do homem jovem
e maduro. Aquele que está em plena atividade produtiva econômica. Falo do homem
saudável, mas que anda cansado e desanimado com as perspectivas sociais. Muitos
homens jovens estão idosos hoje porque foram negligenciados. Este homem não
pode parar de trabalhar para se cuidar. O que desejamos é que ele faça cada vez
mais sucesso, portanto para isso é preciso que ele inclua na agenda alguns cuidados
fundamentais”, diz Lelah.
Atividade
física e intimidade regulares são os primeiros cuidados. “O homem precisa
também se sentir desejado e apaixonado. É preciso se livrar da lista de compromissos
e ter um momento somente a dois. Mas não para dormir e sim para namorar. Essa é
uma das principais queixas que tenho em meu consultório e que as pesquisas
internacionais comprovam. A vida moderna tem deixado os homens impotentes,
principalmente, nas suas camas”, explica a sexóloga.
A
saúde dos pais é tudo o que lhes traz plenitude, bom humor, descontração e
aumento da produtividade. “Não existe receita mágica. Mas um pouco de
pragmatismo, traço bem masculino, ajuda”, comenta Lelah. Ela sugere para os
pais começarem fazendo um check up anual, isso inclui uma ida ao
urologista, e uma dieta que inclua beber menos e parar de fumar. “Caso haja
no meio do caminho algum tropeço, tudo bem, volte e recomece. É
importante livrar-se da culpa. O homem também sente culpa, sofre e demora para
admitir. Que bom que aos poucos vêm procurando ajuda profissional para ajudá-lo
a jogá-la fora”, explica.
Ela
reforça que é importante que os homens tenham coragem para assumir toda a
fragilidade de gigantes que são, cuidando da saúde física, emocional,
espiritual e transformando a sociedade, onde juntos homens e mulheres
possibilitem a construção de nações mais igualitárias, justas e menos
hipócrita.
Lelah Monteiro - É sexóloga e psicanalista pela Escola de Psicanálise
de São Paulo, educadora Sexual pelo Instituto Kaplan e terapeuta sexual pela
USP. Palestrante, master coach e fisioterapeuta especialista em
sexualidade pela Universidade Estadual de Londrina. Co-autora do livro
‘Relacionamentos amorosos 2,com o capítulo ‘Pode um relacionamento sobreviver
ao vaginismo?’. É membro das associações: Associação Brasileira de Fisioterapia
Pélvica, ABRAFISM - Associação Brasileira de Fisioterapia Saúde da Mulher, ISSM
- Sociedade Internacional de Medicina Sexual e da ISLAM - Sociedade Latino
Americana de Medicina Sexual. www.lelahmonteiro.com.br
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