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terça-feira, 8 de agosto de 2017

É sinusite, não é gripe!



Durante o inverno, as quedas bruscas e acentuadas de temperatura aumentam expressivamente os casos de inflamações e infecções nasais, especialmente em crianças. E o que parece ser uma gripe ou crise alérgica pode ser sinusite, que requer tratamento específico. A pediatra Dra. Fernanda Viana, uma das idealizadoras do portal Saúde4Kids, explica que a sinusite é uma infecção dos seios paranasais ou seios da face. Normalmente ocorre depois de estados gripais, resfriados ou rinite, e os sintomas dependem muito da idade da criança. 

Nos primeiros 12 meses de vida, a sinusite é bastante rara. Na faixa etária de 1 a 8 anos, os sintomas mais comuns são: coriza que dura sete dias ou mais, descarga nasal espessa verde ou amarela, tosse noturna, tosse diurna ocasional, inchaço ao redor dos olhos e geralmente sem dor de cabeça até os cinco anos. 

Já os maiores de oito anos apresentam prurido nasal ou sintomas de resfriado por mais de sete dias, gotejamento do nariz na garganta, desconforto facial, mau hálito, tosse, febre, dor de garganta, inchaço ao redor dos olhos, muitas vezes pior de manhã. 

“É possível diagnosticar a sinusite com base na idade, saúde geral e história clínica da criança. As radiografias de seios da face não são necessárias”, comenta a médica.

Para combater a infeção, são prescritos antibióticos –geralmente administrados por, pelo menos, 14 dias-, analgésicos, antialérgicos se houver componente alérgico e lavagem nasal. Além disso, é fundamental evitar contato com fumaça de cigarros e fatores capazes de piorar a rinite, aqueles que causam inchaço da mucosa nasal e bloqueiam a drenagem dos seios.

“A causa da sinusite é a inflamação das cavidades nasais por infecções. Elas bloqueiam a abertura dos seios paranasais e resultam em uma infecção sinusal”, explica a pediatra. As alergias também levam à sinusite por causa do inchaço da mucosa nasal e aumento da produção de muco. E existem outras condições que podem impedir a drenagem de secreções dos seios paranasais e levar à sinusite, como anormalidades anatômicas, hipertrofia de adenoides, mergulho e natação, infecções dentárias, trauma nasal, corpo estranho em cavidade nasal, fenda palatina, doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) e fumo passivo. “Quando a drenagem de secreções dos seios nasais é bloqueada, as bactérias começam a crescer, levando à sinusite”, complementa.




Dra. Fernanda Viana - médica formada pela Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP-; pediatra pela Universidade de São Paulo –USP-; cardiologista infantil pelo Incor-Universidade de São Paulo. Além de ser especialista em pediatria com título pela Sociedade Brasileira de Pediatria e, em cardiologia infantil, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.


 


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