Durante o inverno, as quedas bruscas
e acentuadas de temperatura aumentam expressivamente os casos de inflamações e
infecções nasais, especialmente em crianças. E o que parece ser uma gripe ou
crise alérgica pode ser sinusite, que requer tratamento específico. A pediatra
Dra. Fernanda Viana, uma das idealizadoras do portal Saúde4Kids, explica
que a sinusite é uma infecção dos seios paranasais ou seios da face.
Normalmente ocorre depois de estados gripais, resfriados ou rinite, e os
sintomas dependem muito da idade da criança.
Nos primeiros 12 meses de vida, a
sinusite é bastante rara. Na faixa etária de 1 a 8 anos, os sintomas mais
comuns são: coriza que dura sete dias ou mais, descarga nasal espessa verde ou
amarela, tosse noturna, tosse diurna ocasional, inchaço ao redor dos olhos e
geralmente sem dor de cabeça até os cinco anos.
Já os maiores de oito anos
apresentam prurido nasal ou sintomas de resfriado por mais de sete dias,
gotejamento do nariz na garganta, desconforto facial, mau hálito, tosse, febre,
dor de garganta, inchaço ao redor dos olhos, muitas vezes pior de manhã.
“É possível diagnosticar a sinusite
com base na idade, saúde geral e história clínica da criança. As radiografias
de seios da face não são necessárias”, comenta a médica.
Para combater a infeção, são
prescritos antibióticos –geralmente administrados por, pelo menos, 14 dias-,
analgésicos, antialérgicos se houver componente alérgico e lavagem nasal. Além
disso, é fundamental evitar contato com fumaça de cigarros e fatores capazes de
piorar a rinite, aqueles que causam inchaço da mucosa nasal e bloqueiam a
drenagem dos seios.
“A causa da sinusite é a inflamação
das cavidades nasais por infecções. Elas bloqueiam a abertura dos seios
paranasais e resultam em uma infecção sinusal”, explica a pediatra. As alergias
também levam à sinusite por causa do inchaço da mucosa nasal e aumento da
produção de muco. E existem outras condições que podem impedir a drenagem de
secreções dos seios paranasais e levar à sinusite, como anormalidades
anatômicas, hipertrofia de adenoides, mergulho e natação, infecções
dentárias, trauma nasal, corpo estranho em cavidade nasal, fenda palatina,
doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) e fumo passivo. “Quando a drenagem de
secreções dos seios nasais é bloqueada, as bactérias começam a crescer, levando
à sinusite”, complementa.
Dra. Fernanda Viana - médica formada
pela Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP-; pediatra pela Universidade de
São Paulo –USP-; cardiologista infantil pelo Incor-Universidade de São Paulo.
Além de ser especialista em pediatria com título pela Sociedade Brasileira de
Pediatria e, em cardiologia infantil, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
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