Enfermidade atinge 40% dos
brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia
No dia 08 de
agosto é celebrado o Dia Nacional do Combate ao Colesterol, data instituída no Brasil com objetivo
conscientizar a população sobre a importância de inserir hábitos saudáveis no cotidiano. A questão merece atenção, uma vez que
doenças associadas ao colesterol alto, mal que atinge cerca de 40% dos
brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são apontadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a
principal causa para a morte de, aproximadamente, 17 milhões de pessoas em todo
o mundo.
Outro dado
alarmante foi publicado em 2015 no periódico Circulation,
da Associação Americana do Coração. O estudo revelou que a cada dez anos em que
uma pessoa vive com a taxa de colesterol elevada, o risco de ela sofrer uma
doença do coração aumenta em, aproximadamente, 40%.
Produzido pelo
organismo e presente em diversos alimentos, o colesterol apresenta duas formas:
o HDL (Lipoproteína de alta
densidade) e o LDL (Lipoproteína de baixa
densidade). Conhecido como “colesterol
bom”, o HDL conduz o excesso de
colesterol para fora das artérias, impedindo que ele se deposite e obstrua os
vasos sanguíneos. Já o LDL, também chamado de “colesterol ruim”, faz o caminho inverso, ele
transporta e deposita a substância nas paredes
das artérias.
“Quando os índices do LDL estão elevados,
as artérias são bloqueadas pelo acúmulo de gordura e consequentemente,
o fluxo sanguíneo é obstruído. Ao ser interrompido, o
sangue é acumulado dentro das artérias, fator que pode causar doenças como o
infarto, acidente vascular cerebral, entre outras”, explica o Dr. Benício Pereira, clínico da Clínica Vida Natural e parceiro da Superbom, empresa alimentícia especializada
na fabricação de produtos saudáveis.
De acordo com
Pereira, de forma geral, os problemas circulatórios provenientes
dos níveis elevados desse colesterol
consistem em uma enfermidade que se inicia já na adolescência ou até mesmo na infância. “Portanto, é imprescindível que o indivíduo acompanhe o nível de colesterol desde cedo”, recomenda.
Combinação entre
alimentação saudável e prática de exercícios
Ele ainda pontua
que a melhor maneira de evitar ou controlar o aumento do colesterol está relacionada com os
hábitos. “A combinação entre alimentação
equilibrada e a prática de exercícios faz com que o nível do LDL reduza entre 20 e
30%. Mesmo para os pacientes que precisam de remédios para
controlar o colesterol, a dieta e a atividade física são importantes, pois
potencializam a ação da medicação”, explica o clínico.
Sobre os alimentos
que devem estar presentes no cardápio, Pereira defende que é preciso priorizar os grãos, fibras, cereais, verduras,
frutas e as opções integrais. “A soja, por
exemplo, possui em sua composição o fitosterol e ácido linolênico, substâncias que contribuem
diretamente com a redução do colesterol. Pelo fato de ser rico em resveratrol, o suco de uva
integral é outro importante aliado para esse controle. Sementes como a chia, a
linhaça e a semente de girassol, ricas em ômega 3, também auxiliam na prevenção”.
O que deve ser
controlado ou evitado?
Entre os itens que
devem ser abolidos da dieta ou ter o respectivo consumo diminuído, estão as carnes de
origem animal. “Especialmente a
carne vermelha, embutidos, peles de aves e asa de frango, visto que são
alimentos que apresentam alto índice de gorduras
saturadas. Pelo mesmo motivo, é preciso ter muito cuidado com a ingestão de laticínios, como o leite integral e
os queijos amarelados”. Segundo o especialista,
não exagerar nos carboidratos, controlar o açúcar, parar de fumar e moderar o
consumo de álcool também é fundamental para
evitar esse aumento. Ele ainda destaca que pessoas vegetarianas estritas que
abusam do consumo de carboidratos refinados também possuem tendência de
apresentar o colesterol elevado.
Por fim,
outra prática importante consiste na
prevenção. “Mesmo que o indivíduo não tenha nenhum
problema de saúde aparente é importante que ele realize,
anualmente, exames de sangue para verificar o nível do colesterol. E também não dispense, em nenhuma hipótese, o
acompanhamento médico”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário