Só no Brasil, cerca de 1 a cada 1.000 pessoas podem
desenvolver a Trombose Venosa Profunda (TVP) - doença que pode evoluir para
embolia pulmonar e ser fatal. O cirurgião vascular Dr. Caio Focássio, da
capital paulista enumera os fatores de risco e deixa algumas medidas
preventivas.
“A trombose venosa profunda causa dores e inchaço súbito que piora
quando a região é pressionada, fazendo com que muitas pessoas confundam com dor
muscular ou com um início de um processo inflamatório”, afirma o cirurgião
vascular.
A trombose venosa é um distúrbio vascular
causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) dentro de um vaso
sanguíneo (veia). Isso ocorre devido à a diminuição de velocidade de fluxo
dentro das veias, quadro que ocorre quando muito ficamos tempo parados já que
neste estado a coagulação é mais ativada, como por exemplo, em períodos pós
operatórios ou traumas graves ou ainda por lesão da parede interna das veias.
E apesar da idade avançada ser um fator de risco para a trombose, isso
não quer dizer que o problema não ocorra em outras fases da vida. “Mesmo sendo
menos comum, a trombose pode acontecer em jovens, em período pós cirúrgicos, no
casos de obesidade, câncer, de pacientes com doenças autoimunes e durante a
gestação. Além disso, longos períodos de imobilização, como viagens por
exemplo, também podem ser situações que aumentam as chances de adquirir a
doença”, alerta o médico.
Para entender quem entra no grupo de risco,
Dr. Caio deixa alguns alertas.
Os riscos para
desenvolver a doença:
- Pessoas que fazem uso de medicações, como
contraceptivos orais, quimioterápicos e tratamentos hormonais;
- Obesidade;
- Gravidez e pós-parto;
- Paciente com câncer, que passaram
recentemente por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ou que sofreram
traumatismos principalmente nas extremidades inferiores, pessoas com doenças
crônicas, como insuficiência cardíaca e doenças pulmonares crônicas ou doenças
agudas, como infarto do miocárdio, com infecções, pneumonia ou vítimas de
fraturas ósseas.
Já para prevenir
a trombose, o médico faz algumas ressalvas:
- Manter-se no peso;
- Não fumar;
- Ter uma alimentação balanceada;
- Não ficar muito tempo sentado;
- Praticar atividades físicas três vezes na
semana por 30 minutos – pelo menos;
- Usar meias elásticas devidamente
recomendadas por um cirurgião vascular.
FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião
vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo
e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós
graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten – Tenrife (Espanha). Médico
assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.
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