Psicóloga do Colégio Humboldt, Karin Kenzler, dá
dicas sobre como os pais devem lidar com o medo e a insegurança ao tocar no
assunto que ainda é tabu para muitos
Qual a
maior dúvida dos pais em conversar sobre sexo com seu filho? Um tanto temerosa,
esta questão aflige muitos pais na hora de esclarecer perguntas relacionadas ao
tema, considerado ainda um tabu. De acordo com Karin Kenzler, psicóloga
do Colégio Humboldt, instituição bilíngue e multicultural (português/alemão),
que este ano comemora 100 anos, o mais difícil é como responder e se o fato de
responder a determinada pergunta está autorizando e incentivando alguma ação,
como se fosse um “sinal verde” para o filho. “Eles devem enxergar que já
viveram isso e que já foram adolescentes, em uma época diferente, mas com
dúvidas parecidas. A única diferença é que o jovem já tem mais acesso a tudo –
recebem vídeo pelo celular, por exemplo, ou lidam sobre o tema em redes sociais”.
Um modo
dos pais abordarem a temática com os filhos é aproveitando os fatos que
aparecem na mídia para ficar mais à vontade e falar sobre estes assuntos.
“Novelas com casais homossexuais, notícias sobre estupro e outros acontecimentos como gravidez e masturbação, por exemplo, são ótimas oportunidades para iniciar esta conversa”, explica Karin, ressaltando que esta abordagem é feita de acordo com a demanda do filho, a idade (no caso da puberdade e início da adolescência), ou também, quando ele tem muitas dúvidas. “Alguns pais têm mais naturalidade ao falar com filhos, outros não. Mas eles precisam sinalizar que estão abertos para falar sobre o assunto”, diz a psicóloga.
“Novelas com casais homossexuais, notícias sobre estupro e outros acontecimentos como gravidez e masturbação, por exemplo, são ótimas oportunidades para iniciar esta conversa”, explica Karin, ressaltando que esta abordagem é feita de acordo com a demanda do filho, a idade (no caso da puberdade e início da adolescência), ou também, quando ele tem muitas dúvidas. “Alguns pais têm mais naturalidade ao falar com filhos, outros não. Mas eles precisam sinalizar que estão abertos para falar sobre o assunto”, diz a psicóloga.
Na hora
de lidar com o medo e a insegurança ao falar sobre o tema, Karin explica que o
pai deve se convencer de que é certo falar sobre o tema com o filho, que ele
está informando e ajudando em seu amadurecimento, para que ele possa tomar as
decisões corretas. “Uma técnica é devolver a pergunta e ver o que ele sabe e o
que entende sobre isso, pois uma explicação pode ser suficiente”. Ela indica
que os pais devem se atentar de que atualmente, as crianças e adolescentes têm
muita informação da internet. “Na cultura atual, há uma sexualização precoce
das crianças. Se não dermos a contrapartida de falar sobre sexo relacionado à
afetividade, eles ficam com uma visão muito fria sobre o tema”, explica.
Karin
também aponta que muitas crianças e adolescentes têm vergonha de constranger os
pais, dependendo da pergunta. “Eles falam “como vou falar sobre isso com meus
pais?” e eu oriento que devem perder esse receio, que não é errado falar sobre
isso com eles”, comenta. “O que acaba sendo constrangedor, na verdade, é a
forma como o pai vai dialogar. O recomendável nestes casos é que o dialogo enfoque
a discussão de casos conhecidos da família, da mídia ou TV”, pondera.
Outro
tema muito presente nas dúvidas dos jovens é sobre o homossexualismo.
Karin explica que a geração dos pais não conviveu com uma informação tão disseminada como é hoje em dia. “Eles devem se libertar de preconceitos. É muito importante educar as crianças para o respeito mútuo e orientá-las para que sejam tolerantes, para que tenham respeito às diversidades, eliminar visões machistas e preconceituosas e também, que a orientação sexual é algo que nasce com a pessoa, uma tendência nata. É preciso criar os jovens com uma cabeça mais aberta”, finaliza.
Karin explica que a geração dos pais não conviveu com uma informação tão disseminada como é hoje em dia. “Eles devem se libertar de preconceitos. É muito importante educar as crianças para o respeito mútuo e orientá-las para que sejam tolerantes, para que tenham respeito às diversidades, eliminar visões machistas e preconceituosas e também, que a orientação sexual é algo que nasce com a pessoa, uma tendência nata. É preciso criar os jovens com uma cabeça mais aberta”, finaliza.
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