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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Campanha da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) alerta para prevenção de traumas medulares



Neuro em Ação 2017 aborda os temas:
Mergulho em Água Rasa; Celular e Direção e Postura e Lombalgia


Do dia 28 de agosto a 01 de setembro de 2017, acontece o evento Neuro em Ação. A iniciativa da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) tem como intuito a conscientização em massa quanto aos perigos de hábitos cotidianos, como: o uso do aparelho celular à direção; o mergulho em águas rasas e as más posturas corporais. O slogan da campanha já diz muito sobre sua importância e orienta - Use a cabeça! Proteja o seu corpo!

Os temas da campanha são de grande importância, pois, algumas atitudes podem causar graves consequências e até mesmo serem fatais.

A ação ocorre em comemoração aos 60 anos da SBN e compõe o Projeto Pense Bem, cujo o objetivo é a educação preventiva a acidentes de trânsito com traumatismo crânioencefálico (TCE) e, consequentemente, evitar os neurotraumas.

As ações educativas que envolvem a campanha acontecerão simultânea e disseminadamente nas principais capitais e cidades brasileiras, com representantes e especialistas renomados nos setores de neurocirurgia, neurologia, coluna vertebral, tratamento da dor, entre outros profissionais médicos que terão como missão promover informações a toda população brasileira.


Mergulho em Águas Rasas

Andrei Fernandes Joaquim, neurocirurgião membro da SBN participa da campanha e aborda a temática Mergulho em Água Rasa.

De acordo com o especialista, os traumas mais comuns são as lesões cervicais, que, podem variar de um simples estiramento muscular até graves explosões das vértebras com lesão medular.

A maior parte das vítimas são pertencentes ao sexo masculino, cerca 90% com idade aproximada a 23 anos. Dentre eles, 50% confirmaram o uso de álcool durante a ação.

Os locais de maior risco são os mares com um percentual de incidentes de 45%, na sequência as piscinas e os rios, com 20% cada, os recifes com 11% e as barragens com 4%.

Assim como o tipo de lesão, o tempo de recuperação também é variável. Mas, o mais grave, é que ao menos 50% dos pacientes sofrem déficit neurológico completo. Dependendo da lesão, a recuperação pode não ocorrer.

Portanto, prevenir é sempre o melhor caminho, pois, o perigo de um mergulho em água rasa, está no fato de o trauma ocorrer diretamente na cabeça que pode bater contra o fundo do açude, rio ou lago, e pode transmitir direta ou indiretamente o impacto para a coluna.


Celular e Direção

Uma outra vertente da campanha é Celular e Direção, abordado pelo doutor Mauro Suzuki, que chama a atenção para as consequências que o uso do celular ao volante pode gerar, como as colisões e os atropelamentos, que costumam acontecer em trechos urbanos próximos a semáforos luminosos. As consequências incluem longos tratamentos, sequelas e, até mesmo, óbitos.

Suzuki complementa dizendo que é impossível digitar e dirigir sem que haja algum prejuízo sensorial quanto a atenção. E que os jovens e adolescentes tendem à resistência quanto a esse assunto, pois, cresceram em meio ao uso abusivo de smartphones. Contudo, um estudo publicado no periódico Epilepy & Behavior, revela que uma a cada cinco pessoas apresenta ritmos específicos de ondas cerebrais ao utilizar mensagem de texto no smartphone.


Postura e Lombalgia

O terceiro pilar da campanha é Postura e Lombalgia. Conforme explica o especialista Dr. Paulo Porto, as posturas que apresentam maior risco à saúde são referentes a inadequação do ambiente de trabalho. Exemplos são computador, altura da mesa, e cadeiras mal reguladas. O médico complementa dizendo que, além disso, o modo incorreto de levantar objetos pesados ou crianças do chão também podem prejudicar a coluna e, usualmente, resultam em lombalgia mecânica.

Os três pilares abordados pela Neuro em Ação envolvem aspectos passíveis de prevenção de lesões que podem levar o indivíduo à incapacidade no trabalho, à deficiências diversas (momentâneas ou permanentes) e, até mesmo, à morte; e que atingem um volume cada vez maior de pessoas. “Por isso, tanta persistência nas ações preventivas”, complementa o Dr. Carlos Drummond, neurocirurgião, responsável pela coordenação do programa Pense Bem.






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