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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Aproveite os momentos de crise para falar sobre dinheiro com as crianças



 Quanto mais cedo as crianças se aproximarem do processo de “alfabetização econômica”, melhor


A crise pode ser um bom motivo para iniciar a educação financeira das crianças. Isso porque, o dia a dia dos pais também deve ser compreendido pelos pequenos que, ao entender os desafios da família, podem contribuir com pequenas atividades domésticas, valorizando questões como tempo, dinheiro e a importância do auxílio mútuo no ambiente familiar.

De acordo com Altemir Farinhas, consultor da Conquista Soluções Educacionais, quanto mais cedo as crianças se aproximarem do processo de “alfabetização econômica”, melhor. Esse tema é nome até de um projeto que existe há mais de dez anos em escolas da Alemanha. Lá, as crianças aprendem a importância de poupar, de lidar direito com o dinheiro, a pesquisar preços e a trabalhar de modo coerente as questões que envolvem finanças, evitando, inclusive, frustrações e o endividamento precoce. 

Embora não pareça, as crianças acompanham e vivenciam as experiências dos pais ou responsáveis. Por isso, nada melhor do que aproveitar o momento e expor as questões de modo prático, franco e sincero com os pequenos, convidando-os a colaborar com a família. “Esse pode ser um grande momento para ensinar sobre o valor do dinheiro e a importância de se fazer economia. Um momento de crise não significa um abandono de sonhos, pelo contrário, é um momento de se traçar novas estratégias para a concretização deles”, explica o consultor. Segundo ele, até a ida ao supermercado ou à padaria pode render uma boa introdução ao universo financeiro para as crianças. Basta saber abordar o tema, transformando as atividades do dia a dia em aprendizado.  

Confira algumas dicas que podem auxiliar na educação financeira das crianças: 


Entre 2 e 3 anos:  os pequeninos podem ainda não compreender os conceitos financeiros, mas podem se familiarizar com as moedas, aprendendo a distingui-las. Circule moedas com diferentes valores e tamanhos em cores distintas e faça associações. Supervisione a atividade para evitar que as crianças levem as moedas à boca. Outra dica é promover o lado lúdico por meio de brincadeiras que simulem o comércio. 

Entre 4 e 5 anos: nessa idade, as crianças já observam os pais ao realizar as pesquisas de preços nos tabloides dos supermercados. Incentive seu filho a olhar as propagandas e o ajude a circular os menores preços. Para estimular o lado lúdico, simule um jantar em restaurante e defina as posições – quem arruma a mesa, quem serve, quem paga a conta, quem recebe o pagamento pela refeição. 

Entre 6 e 8 anos: nessa fase, muitas famílias já atribuem um determinado valor para as crianças, como mesada. Aproveite o momento e ensine seu filho a poupar. Leve-o ao banco, explique como funciona, a importância de se manter o equilíbrio entre o que entra e o que sai da sua conta. Se você achar que é muito cedo para abrir uma conta para o pequeno, compre um cofrinho para ele. 

Entre 9 e 12 anos: esse é um bom período para ensinar noções de preço e qualidade. Para isso, estimule as crianças a comparar produtos, a ler rótulos, a comparar preços por peso, tamanho e gramatura. Vale também promover um pequeno bazar ou brexó em casa com coisas que não se usa mais ou que são passíveis de troca, a fim de estimular a noção de valor e responsabilidade. 

De 13 a 15 anos: esse é um momento interessante para acompanhar e discutir o noticiário econômico com os jovens, fazendo-os refletir sobre diferentes cenários econômicos que possam impactar em algo de seu interesse. É um momento importante também para aprender a organizar orçamentos, planilhar custos, despesas fixas e extras. 

A partir dos 16 anos: nessa idade, o jovem já pode trabalhar com cartões pré-pagos de celular ou cartões de banco com valor armazenado, mas é importante que os pais sempre conversem com os filhos sobre a necessidade do respeito ao orçamento. O momento também é propício para estimular o engajamento do jovem em alguma causa humanitária com a qual ele se identifica, dividindo um pouco do que tem e compreendendo também sobre responsabilidade social. 





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