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domingo, 9 de julho de 2017

“Só vai ter valido a pena passar por tudo isso se assimilarmos as lições disponíveis”



 · As oportunidades estão nas parcerias
· Evento reunirá ferramentas financeiras promovendo análise e logística de investidores
#vemaiumnovobrasil


Muitas empresas quebraram, muitos profissionais foram destituídos de seus cargos e o investidor comum ficou perdido em meio a esse tiroteio de operações deflagradas pela corrupção. O que fazer? Ainda há saída para empreender e investir no Brasil? 

O empreendedorismo em tempos de crise” está entre as palestras que serão apresentadas durante o Investir Global Expo por Marinaldo Matos Guedes, jornalista e o primeiro coach, no mundo, a desenvolver melhorias em liderança de tribo indígena. Executivo especialista em Coaching e em Empreendedorismo, Guedes participou da equipe de crise na Copa do Mundo de Futebol em 2014, foi convidado pela Universidade de Harvard para apresentar os resultados científicos obtidos em coaching para Líderes Tuxauas em Aldeias indígenas no Amazonas e tem artigos publicados na Revista Científica Brasileira de Coaching e blogs especializados. 

Na entrevista abaixo, o especialista conta como a crise pode ser um impulso para o empreendedorismo e um gerador de oportunidades para o sucesso na carreira. 


Quais as principais aflições de empresários e empreendedores neste momento de crise política, econômica e de identidade? 

É não saber qual é o fim de todo esse emaranhado que se descortinou e continua se descortinando à nossa frente. Por que você só consegue fazer um diagnóstico quando entende o tamanho do problema. 

Muitos empreendedores sucumbiram diante dos efeitos desse crime financeiro, moral e de identidade na qual o Brasil surfa. Quem permaneceu de portas abertas teve que se reinventar para se apresentar a um pós- crise. Ocorre muito isso na guerra.

Todos os setores vão ter que conversar, gerar conhecimento e trocar experiências intersetoriais, e, assim, reduzir o tempo de retomada do crescimento. A era da sobrevivência já está passando. Já entendemos o recado, sem fazer a lição de casa e praticar a autocensura não teremos aprendido nem mesmo o básico para o amadurecimento nos negócios. 


Como ser proativo e criativo diante de um cenário político-econômico tão inseguro como o que vivemos atualmente no Brasil

Sabemos que dos cinco meses que trabalhamos para pagar impostos, um mês inteiro serviu para alimentar a corrupção. Os outros quatro meses seriam para serviços essenciais, que nos chegam à meia boca. 

Vão se proliferar instituições sérias que farão a auditoria das despesas do Governo. As ferramentas de tecnologia vão encurtar o acerto de contas entre o momento dos desvios e a punição. Isso muda a face do crime contra a economia. Essa insegurança econômica há de cessar muito em breve. O Governo vai se ajustar, independentemente de quem ocupe os cargos. Entre tantas mazelas de corrupção e consequências de tais mazelas, estamos vendo alguns avanços. A Nação grita. Não há como não ouvir. 

Com um pouco mais de educação tecnológica, podemos fazer plebiscitos e votações mais polêmicas. Quem sabe até reduzir para 1/3 o número de senadores e deputados federais, e servir de modelo para os Estados. O que se economizaria com isso geraríamos mais controle sobre seus passos. A gente vai caminhar para isso. Devemos aproveitar a fragilidade moral dessa turma para implantar a rédeas necessárias, sob pena de não termos outra oportunidade nos próximos 50 anos.   

  
Na sua visão, onde estão as oportunidades nesse momento de incerteza?

As oportunidades estão nas parcerias, longe do seu ambiente físico. Entender o seu negócio e saber apresentá-lo, muito além do seu quarteirão e cidade, gera mais autonomia. Não é se lançar no virtual, é ter suas experiências com uma realidade de mundo que não podemos fugir, ou entendemos ou sucumbimos. O jeitinho brasileiro é muitas vezes confundido com a flexibilidade cognitiva, o primeiro chega a ser quase falha de caráter de alguns indivíduos, enquanto o outro é a responsividade, uma habilidade ou competência garimpada pelas grandes empresas.    


Com o desemprego batendo recorde, assistimos nascer diariamente um número expressivo de empreendedores e startups. Quais os principais cuidados, em sua opinião, que esses novos empresários devem ter? 

Uma explosão de desempregados que se veem empreendendo, sem ter testado suas habilidades administrativas, financeiras, de marketing e vendas. Mas a necessidade os levou a empreender. E na primeira oportunidade vão abandonar essa causa. Por sorte e competência, uma boa parte dessa turma há de empreender com mais qualidade, o que eleva a chances de preservação no mercado. As startups, aceleradoras, coworkings e clusters empresariais fazem parte de um mesmo fenômeno de ressignificação da economia, onde a interatividade e cocriação é espontânea e necessária. 


Qual o verdadeiro papel da liderança em momentos de turbulência? 

É o mesmo papel em tempos de voo de cruzeiro, inspirar, influenciar e obter resultados. A diferença é que na turbulência as pessoas tendem a ficar mais fragilizadas e, por conseguinte, acabam necessitando mais da presença de líderes, da comunicação mais transparente, organização mental das ideias, da certeza de que alguém está no controle e sabendo onde podemos chegar. Se a liderança falta com esses aspectos, a tendência é gerar desânimo ou desespero. 

É por isso que os líderes aparecem nos momentos mais desafiadores. Eles inspiram e norteiam as grandes decisões. São nos momentos de decisão que o nosso destino é traçado.   


Como potencializar a mente do líder para lidar com a gestão diante do desânimo face às incertezas do mercado doméstico? 

No geral, uma ou duas competências do líder se destacam, no dia-a-dia, marcando sua carreira. Vai se destacar o líder que entender primeiro que há muito mais para se aprender e mais que isso, tem que estar preparado para aprender, desaprender e reaprender o tempo todo, isso reduz o fardo. O Brasil não foi o primeiro país a passar por turbulências, nem será o último. Mas só vai ter valido a pena ter passado por tudo isso, se tivermos assimilado as lições disponíveis. 

Qual a sua opinião sobre a iniciativa do Investir Global Expo? 

Enquanto todos estavam ou estão olhando os cacos dos telhados de vidro, atingidos por uma saraivada sem precedente em toda a história, o Investir Global Expo já está com um novo cenário para o novo país, com todas as condições naturais, técnicas e conjunturais para ser um porto de investimentos para o ávido capital estrangeiro e o reprimido capital nacional, hoje volatilizado pelas incertezas. O preço de não fazer nada agora será muito alto nos próximos dois ou três anos. 

Os parceiros dessa empreitada sabem disso e apostam nessa virada econômica, social e moral da nossa economia. Outros eventos vão surgir, levados pelo fôlego da retomada do crescimento, mas todos vão saber e lembrar que a bandeira fincada pela Investir Global Expo e seus idealizadores foi uma conquista desse tempo, ainda na turbulência dos acontecimentos.  

Com o tema Vem Aí Um Novo Brasil, entre os dias 21 e 23 de setembro será realizado o Investir Global Expo, evento inédito que reunirá oportunidades de negócios para empreendedores, investidores e startups trazendo ferramentas diversificadas: leilões, bitcoins, imóveis, previdências, consultoria financeira, entre outros.




Investir Global Expo
Datas: 21, 22 e 23 de setembro de 2017
Local: Centro de Convenções Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo-SP
Horário: Das 10 às 20 horas
Informações e Inscrições: http://investirglobal.com.br/#informacoes




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