Microchip pode armazenar
informações importantes sobre a prótese de silicone como data da fabricação,
além do número de série, formato, modelo, volume e data de colocação na
paciente
Há 55 anos foi realizada a primeira cirurgia
mamária de aumento relacionada à estética, nos Estados Unidos. Desde então, o
número de cirurgias para colocar silicone só cresceu. Segundo dados da
Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), divulgados no
segundo semestre de 2016, no ano de 2015 foram realizadas mais de 2.577.810
cirurgias no mundo. Já no Brasil foram cerca de 358.655 mil intervenções
cirúrgicas relacionadas à estética com objetivo de aumentar, suspender,
corrigir a flacidez ou diminuir os seios.
“O Brasil avançou bastante em relação aos outros
países, não apenas no aprimoramento técnico por parte dos cirurgiões mais na
assimilação de tecnologias de ponta. Atualmente, contamos com duas grandes
novidades no setor de cirurgia plástica, são elas: o Silicone com microchip e o
Scanner 3D. Ambas têm finalidades diferentes, mas estão inseridas no contexto
da plástica mamária”, explica o cirurgião plástico responsável pelo Centro de
Referência em Cirurgia Mamária do Hospital Moriah, Dr. Alexandre Mendonça
Munhoz (CRM 81.555).
O Silicone com chip é um implante inteligente, o
microchip armazena informações como número de série da prótese, tamanho, volume
e data de colocação na paciente. Esta inserido no conceito de segurança
presente na maioria dos hospitais acreditados que é a segurança, identificação
e rastreabilidade dos implantes/órteses. Isso evita problemas futuros como, por
exemplo, a troca da prótese.
“As mulheres ficam anos com uma prótese, e os
modelos mais modernos pode chegar a quase duas décadas. No momento da troca ela
não se lembra de informações básicas para o cirurgião fazer o correto
planejamento, ou as mesmas foram extraviadas, como volume, marca, tamanho. O
microchip serve para esses casos que se perdem em nossa memória com o tempo,
pois o chip agrupa e guarda esses dados, dentro da prótese, e acessíveis por
meio de um leito externo a qualquer momento.”, completa Prof. Munhoz.
O Chip, com 4 mm, conta com um armazenamento com
longa duração, fica localizado dentro da prótese e permite a rastreabilidade de
muitas referências. Após a cirurgia, esses dados são acessados por meio de
radiofrequência, com um leitor externo. “Essa prótese é a primeira do mundo com
revestimento construído por meio da nanotecnologia. Estudos relacionados a ela
demonstram maior durabilidade, resultados melhores a longo prazo, redução nos
níveis de contratura muscular, entre outros benefícios”, detalha o cirurgião.
O Dr. Alexandre Munhoz também adianta que há
pesquisas em andamento com microchips que fornecem informações como
temperatura, pressão interna do implante e alterações químicas referentes ao
silicone.
Hospital Moriah
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