Em dias mais
frios e com a busca por locais mais quentes, que resultam em aglomeração de
animais, aumenta - se o número de casos de doenças respiratórias infecciosas.
Por isso, fique
de olho no seu pet!
O frio chegou e junto com ele as baixas
temperaturas que acabam tornando o ambiente propício ao aparecimento de doenças
típicas da estação. Segundo a Dra. Carla Janeiro Coiro, parceira da COMAC
(Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para Saúde Animal), “assim como os humanos, os animais de estimação
precisam de alguns cuidados especiais nessas épocas do ano, afim de minimizar possíveis
quedas de imunidade, que podem ser a porta de entrada para a ocorrência de
doenças respiratórias, principalmente aquelas de caráter infeccioso e
particulares de cada espécie. ”
Conheça algumas delas: Cães
Traqueobronquite
infecciosa (tosse dos canis ou gripe canina): semelhante a gripe em humanos, é
uma doença altamente contagiosa entre cães, de ocorrência típica nas épocas de
frio e em locais com grande aglomeração de animais. É causada por um ou mais
agentes, dentre eles dois tipos de vírus e uma bactéria que se alojam nas vias
aéreas dos animais. O principal sintoma observado é a tosse seca, podendo
ocorrer secreção nasal, febre, falta de apetite, e a melhor forma de conferir
proteção aos animais é por meio da vacinação específica para a doença.
Cinomose: causada pelo vírus da
cinomose canina (VCC), cursa geralmente com quadros de alterações do trato
respiratório, podendo evoluir para manifestações gastrointestinais e
neurológicas. As baixas temperaturas propiciam a maior sobrevivência e
dispersão do vírus no ambiente, por isso é essencial manter a vacinação anual
(V8 ou V10) em dia.
Gatos
Rinotraqueíte e Calicivirose felina (Complexo
Respiratório Felino): fazem parte do chamado Complexo Respiratório
Felino e apresentam maior incidência em locais com alta densidade de animais ou
nas estações mais frias, pelo contato muito próximo e facilidade de
disseminação. Os sintomas observados são: secreção nasal e ocular, febre,
espirros, apatia, ceratoconjuntivite (rinotraqueíte), úlceras na mucosa oral
(calicivirose). A maneira mais eficaz de proteção se dá vacinação específica
para gatos, conhecida como tríplice (V3), quádrupla (V4) ou quíntupla (V5), que
além desses agentes englobam outros de importância para a espécie.
Outras enfermidades como a asma e a pneumonia, de
ocorrência tanto em animais quanto em humanos, podem aparecer com maior
frequência ou severidade do quadro clínico durante o inverno, pela queda brusca
da temperatura. “Os quadros de asma são geralmente desencadeados por alérgenos ou
fatores irritantes no ambiente como fumaça de cigarro e carro, poeira, pólen,
aerossóis de vários tipos (sprays domésticos, perfumes), sendo os gatos ainda
mais susceptíveis que os cães. Para os casos de pneumonia, podemos citar as
infecções bacterianas, virais, fúngicas, por protozoários ou mesmo decorrentes
de outras doenças que levam a queda de imunidade do animal”,
completa a Dra. Carla.
Cuidados preventivos
Além de manter a vacinação em dia, é importante
lembrar de algumas ações que podem minimizar a exposição do animal, dentre
elas, conservar a higiene do ambiente, evitar ou diminuir a frequência de
banhos, principalmente em animais muito jovens ou idosos. Recomenda-se usar
roupas nos pets com pouca pelagem e sempre que sair para um passeio, escolher
as horas mais quentes do dia para evitar o vento e a friagem. Manter um estado
nutricional adequado por meio de alimentação de qualidade influi diretamente na
condição corporal e no estado imunológico do animal.
E lembre-se, sempre que necessário não deixe de
consultar o médico veterinário, pois somente esse profissional poderá avaliar
de forma adequada os sintomas e direcionar o tratamento médico necessário.
Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para Saúde Animal
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