O PT e Lula foram os piores governantes de nosso País.
Somente assim podem ser qualificados aqueles que nutrem esperanças no povo,
promovem ações tópicas e insustentáveis, por falta de arrimo
econômico-financeiro, educacional e cultural, para depois lançá-lo a um lodaçal
do qual escapar é tarefa de Hércules.
É o momento em que vivemos
presentemente.
Isso, porém, nada tem a ver com a condenação de Lula em
face do episódio do tríplex no Edifício Solaris, empreendimento de uma
cooperativa de trabalhadores, modesto, mas megalomaníaco para a classe
média, a começar do local escolhido - Guarujá - e do nome pomposo (Cantábrio),
por uma cooperativa habitacional dos bancários, que foi à bancarrota, socorrida
pela OAS, que mantinha negócios com o governo federal. Conhecemos cooperativas
sindicais que tiveram pleno êxito, em projetos de casas populares confortáveis
na Capital de São Paulo: uma das finalidades de emprego do produto da
arrecadação sindical, tão anatematizada.
Consideramos a sentença proferida pelo Juiz Moro digna
de um juiz correto e imparcial, que, com muita paciência e responsabilidade,
como não poderia deixar de ser, analisou, um a um, todos os eventos
relacionados ao objeto da causa, quer os suscitados pelo Ministério
Público acusador, quer pela defesa.
Não se vislumbra parcialidade na sentença,
como se vê da estridência dos inconformados, que não se limitam à previsão
do direito - o devido recurso.
Lula se perde pelas palavras, ao dizer que foi
afrontado o Estado Democrático.
Não vemos como uma sentença judicial, proferida
pelo juiz natural, como ato último de um rito processual que observou
rigorosamente todas as previsões legais, o devido processo e a mais ampla
defesa, possa arranhar o aspecto "democrático" do Estado sob o qual
vivemos. De outro lado, olvidou o ex-Presidente que esse estado democrático é
"de direito", a saber, organizado e regido por normas jurídicas, às
quais, como disse o Juiz, todos, indistintamente, estão igualitariamente
sujeitos.
Ainda que a sentença seja reformada pelo Tribunal e o
acusado absolvido, é inevitável reconhecer, pela natureza das coisas, desde os
tempos primevos das tribos espalhadas em torno dos mares, que, politicamente, o
líder populista sucumbiu, sem volta, sob a força de um instrumento implacável
da vida social que Virgílio assim descrevia, sob o nome de "Fama":
"... A fama, a mais veloz de todas as
pragas, que vive com a mobilidade e correndo se fortalece: pequena e medrosa ao
princípio, depressa sobe pelos ares e com os pés no solo esconde a cabeça entre
as nuvens. Conta-se que irritada com a ira dos deuses sua mãe a concebeu, irmã
mais nova de Ceo e Encélado, rápida devida aos seus pés e infatigáveis asas;
monstro horrendo, enorme, coberto de penas e que debaixo delas tem outros
tantos olhos, sempre vigilantes, e oh maravilha, outras tantas línguas e bocas
faladoras, e outros tantos ouvidos penetrantes. De noite esconde o seu voo
entre o céu e a terra sem que feche nunca os olhos em suave sono; de dia
instala-se, qual sentinela, em cima de um telhado ou de uma alta torre,
enchendo de espanto as grandes cidades, mensageira tão tenaz do mau e do falso
como do verdadeiro...". (“A Eneida").
A fama já começou a decompor a figura cultuada do PT,
que se apresentava qual uma fênix injustiçada aos olhos, principalmente, da
população brasileira humilde.
Amadeu Roberto
Garrido de Paula - Advogado e sócio do Escritório
Garrido de Paula Advogados.
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