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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Dor crônica atinge 37% dos brasileiros e pode piorar com uso de celulares e tabletes, aponta pesquisa



Dores de cabeça, na lombar e no pescoço são as mais comuns; entre as principais causas estão o esforço repetitivo, má postura e sedentarismo


Você sente aquela “dorzinha” há mais de três meses? Se sim, vai se identificar com a pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), divulgada recentemente. De acordo com o estudo, 37% dos brasileiros sofrem com dor crônica, ou seja, a cada dez pessoas, quase quatro convivem com o problema. A maioria são mulheres, na faixa dos 41 anos e que sentem dores tão intensas capazes de atrapalhar atividades do dia a dia. Entre as principais dores crônicas, estão a dor de cabeça, dores na lombar, dores cervicais (no pescoço) e por patologia (câncer).

Ainda de acordo com o levantamento da SBED, o uso exagerado de celulares e tabletes pode agravar o problema, principalmente entre os jovens. De acordo com Leonardo Cezar, ortopedista e cirurgião do Hapvida Saúde, as dores crônicas são causadas pelo esforço repetitivo, má postura, sedentarismo, excesso de peso e, com o uso constante destes gadgets, elas podem se potencializar ainda mais, pois prejudicam, principalmente, a postura.   

O uso excessivo e incorreto de celular e tablete provoca a má postura e, consequentemente, a sobrecarga na cervical, nos membros superiores, nos dedos, na coluna lombar e dorsal – por conta dos movimentos repetitivos –, na visão e, ainda, estimula o sedentarismo. A partir daí, as dores crônicas começam a aparecer e aquelas já existentes pioram ainda mais. Neste caso, o uso destes aparelhos pode causar lesões tendinosas nos punhos, ombros e cotovelos, além de acarretar hérnias, protrusões e desvios de coluna”, alerta o especialista.

Cezar explica que as dores crônicas se manifestam ao longo da vida, mas é bastante comum que sejam notadas ainda na infância. As crianças que costumam brincar muito com videogames, celulares e tabletes, por exemplo, tendem a desenvolver algum tipo de dor crônica na fase adulta. Ainda de acordo com o médico, é importante que essas dores sejam percebidas o mais rápido possível para tratamento e combate de crises, já que os problemas, geralmente, não podem ser resolvidos definitivamente.

Uma dor persistente tem que ser avaliada por um médico. Sentir dor não é normal e é necessário avaliar quais as causas para evitar que uma dor casual se torne, de fato, uma dor crônica. Quando a dor vira crônica ela já passa a ser considerada uma doença. Os tratamentos indicados para pacientes crônicos, além da medicação, são fisioterapia, RPG, pilates e musculação, todas sob supervisão de profissionais habilitados. Lembrando que é sempre fundamental o acompanhamento médico em todo e qualquer tratamento”, reforça o cirurgião ortopedista.






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