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terça-feira, 18 de julho de 2017

Adenomiose pode causar infertilidade



 ·        A prevalência da adenomiose é de até 79% em pacientes com endometriose e 90% em mulheres inférteis, de acordo com a SBE
·        O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro, explica a importância
do diagnóstico precoce


Pouco conhecida, a adenomiose é uma doença caracterizada pela presença de uma das camadas finas do útero, o endométrio, dentro da mais grossa, o miométrio. Quando não há diagnóstico precoce e tratamento imediato, a adenomiose pode causar infertilidade quando o embrião tem dificuldade de se fixar no útero. Também há a possibilidade de aumentar a incidência de gravidez ectópica (fora do útero – nas trompas), aborto e parto prematuro.

De acordo com estudos científicos realizados por G. Kunz, em 2005, divulgados pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), a prevalência da adenomiose é de até 79% em pacientes com endometriose e 90% em mulheres inférteis. 

Os principais sintomas da adenomiose são: cólicas fortes e sangramento excessivo durante a menstruação, dor durante a relação sexual, inchaço na barriga, prisão de ventre e dor ao evacuar, sinais de alertas para a paciente procurar um médico. O diagnóstico deve ser feito pelo ginecologista ao observar sintomas como dor, sangramentos intensos ou queixas de dificuldade para engravidar, complementado, principalmente, por exames de ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética.

Se a doença for descoberta com rapidez, é possível tratá-la com anti-inflamatórios para aliviar a dor e inflamação, e remédios à base de hormônios, como a pílula anticoncepcional com progesterona, adesivo anticoncepcional, anel vaginal ou DIU, que impedem o fluxo menstrual. “Se a patologia for diagnosticada tarde, a paciente corre o risco de precisar tirar o útero. A cirurgia só é indicada em casos extremos de dores e sangramento intensos e quando a mulher não deseja engravidar”, alerta o ginecologista especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.

As causas da adenomiose são desconhecidas, mas já se sabe que a doença tem como fatores de risco: aborto, endometriose e curetagem de aborto. “Outras causas já confirmadas pela medicina podem ser traumas no útero, como cirurgias ginecológicas, dismenorreia ou hemorragia uterina anormal”, explica Dr. Luiz. 


Diferenças entre a adenomiose e a endometriose

A adenomiose é considerada um tipo de endometriose. A diferença é que na endometriose o tecido do endométrio cresce fora do útero e pode se espalhar por outros órgãos, como bexiga, trompas e ovários. Já na adenomiose, o crescimento do endométrio é dentro do músculo do útero, podendo ocorrer em uma determinada região ou se espalhar por toda a parede do útero, fazendo com o que o órgão fique mais pesado e volumoso.


Tratamentos

Se mesmo com os anti-inflamatórios e remédios à base de hormônios, a paciente não conseguir estabilizar a adenomiose e engravidar, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque indica recorrer aos tratamentos de reprodução humana. Existem três tipos de procedimentos: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.







Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, e o Certificado de Atuação na Área de Reprodução Assistida pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.

Fertivitro — Centro de Reprodução Humana,




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