Segundo a especialista Dra. Luciane Mello, uso excessivo
de celulares e outros equipamentos antes de dormir pode resultar em um sono
pouco reparador
A oferta
de aparelhos eletrônicos é cada vez maior o que contribui com a mudança de
hábitos das pessoas e interfere diretamente na qualidade do sono. Segundo levantamento
feito pela Agência Internacional We Are Social, o
brasileiro gasta por dia 5 horas e 26 minutos na internet, via computador ou
tablet, e outras 3 horas e 46 minutos conectado pelo celular. Com isso,
conclui-se que muitos dedicam mais tempo à conectividade do que a uma noite de
sono.
Dra.
Luciane Mello, especialista do sono responsável pelo Ambulatório do Ronco e
Apneia e pelo Serviço de Polissonografia, ambos do Hospital Federal da Lagoa
(RJ), explica que o recomendado pela Academia Americana de Medicina do Sono é
que devemos dormir pelo menos 7 horas. Isso é tão importante para a nossa saúde
quanto a alimentação e a prática de exercícios físicos. Ficar no celular antes
de dormir ou manter a televisão ligada durante a noite reduzem a qualidade do
sono, pois ao entrar em contato com a luz emitida pelas telas, nosso cérebro
entende que ainda não é a hora de descansar.
Pesquisadores
da Uni Research Health, analisaram quase 10 mil adolescentes entre 16 e 19
anos, e concluíram que o contato com qualquer tipo de tela pouco antes de
dormir foi prejudicial para os jovens que participaram do levantamento.
Identificaram ainda que, quanto mais tempo eles passaram em frente a estas
telas, maior a perturbação e menor a duração do sono.
Ainda
de acordo com Dra. Luciane, a luz é um bom regulador do nosso relógio
biológico, pois, dentre outras funções, inibe a melatonina, hormônio que
naturalmente liberamos e que induz o adormecer. “Por isso, é recomendado que o
ambiente esteja escuro. Os brilhos das telas estimulam o cérebro e dificultam o
sono, que é dividido em duas fases: a superficial e a profunda”, explica. “O
sono profundo, por exemplo, é o momento em que nosso corpo consegue se
recuperar do cansaço e estresse diário. A televisão ligada faz com que a pessoa
fique em estado de alerta e tenha dificuldades para dormir”, completa.
A especialista lembra que o ideal é adquirir novos
hábitos para a redução do consumo exagerado de dispositivos eletrônicos, tais
como:
·
Deixar de utilizar aparelhos eletrônicos entre 30 e
60 minutos antes de dormir;
·
Desligar os dispositivos ou colocar em “modo não
incomodar”,
para que barulhos e notificações não interrompam o sono;
·
Não utilizar a TV no quarto, antes de dormir
·
Manter o local escuro e silencioso.
Dra.
Luciane Mello - Otorrinolaringologista graduada pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e Especialista do Sono pela Sociedade Brasileira do Sono.
Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Americana de Medicina do Sono, é
médica Responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo Serviço de
Polissonografia, ambos no Hospital Federal da Lagoa (RJ).
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