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terça-feira, 29 de novembro de 2016

O conceito da morte em uma grande tragédia: O que devemos entender?




Na madrugada desta terça-feira (29/11), o avião que transportava a delegação da Chapecoense, sofreu um acidente grave na serra colombiana. Rumo ao que seria o primeiro jogo da final da Copa Sulamericana, o time catarinense lamentou a perda de grande parte de seus membros de comissão técnica, jogadores e presidência, com apenas dois sobreviventes confirmados. Além de figuras do próprio clube, membros da imprensa esportiva também perderam a vida no acidente.

A comoção mundial diante do trágico episódio envolvendo o simpático clube de futebol é destaque. Pelas redes sociais, clubes, jogadores e diversas personalidades do mundo do futebol vestiram as cores verdes do time sulista em um gesto de solidariedade. Em momentos de tragédia, principalmente quando envolvida uma instituição que tanto mexe com as paixões, a “morte” é observada sob diferentes aspectos.

Segundo Aurélio Melo, psicólogo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a morte é, ao mesmo tempo, algo impossível e necessário ao pensamento. Impossível, ao passo que ninguém tem a de fato a experiência da morte com referência. Necessário porque, sabendo da nossa finitude, vemo-nos obrigados a pensar sobre ela.

O acidente de avião que matou 76 pessoas hoje é um tipo de morte que nos choca pelas circunstâncias: a morte súbita, pessoas jovens e bem-sucedidas profissionalmente, à beira de um grande triunfo (o título da competição). Agora, famílias e amigos mergulham na dor profunda, misturada aos sentimentos de medo, revolta, injustiça.

Ainda segundo o especialista, o luto é um estado emocional que se segue a uma perda de algo que estimamos. Desde pessoas queridas ao sorvete que cai da mão de uma criança. Comenta, ainda:
                  
“Raiva, tristeza, revolta, medo, solidão, são sentimentos experimentados após a perda. Não é possível evitar a dor da perda. Mas as famílias enrugadas podem e devem se unir, expressar seus sentimentos, permitindo um tempo suficiente para viver a emergência de sentimentos. Buscar orientação, evitando agir sozinha e impulsivamente. Evitar o isolamento social, exceto se for por pouco tempo e se se dizer necessário”, encerra.





Aurélio Melo - psicólogo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em assuntos relacionado à morte. Está disponível para entrevistas. 




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