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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Como viver bem aos 60



Independência, equilíbrio emocional e autoestima são fatores determinantes para garantir qualidade de vida na terceira idade

 Alunas idosas do Supera exercitam o cérebro com o ábaco


No dia 1° de outubro é comemorado o Dia do Idoso no Brasil. Nesta data, muita gente lembra de parabenizar as pessoas queridas, mas poucos se lembram de que todos nós um dia vamos chegar aos 60. E o que você está fazendo para chegar lá com saúde e qualidade de vida?  

Envelhecimento ativo significa maximizar oportunidades aos idosos, manter a autonomia e a independência na terceira idade. De acordo com especialistas, trata-se do aumento da expectativa de uma vida saudável, mesmo no período da aposentadoria.

É na aposentadoria que muitas pessoas interrompem uma série de atividades, tais como estudos, trabalho e exercício físico.

De acordo com a gerontóloga e doutoranda em Cognição e Envelhecimento pela Faculdade de Medicina da USP, Thaís Bento Lima, essa interrupção necessita de preparo e de planejamento prévio gradativo e bem estruturado para garantir um envelhecimento ativo.

“Embora a aposentadoria seja um marco social de grande relevância, ela apresenta um grande contingente de indivíduos, sejam eles adultos maduros ou idosos que não se preparam previamente enquanto estão ativos na vida ocupacional”, afirma a gerontóloga.

Thaís completa dizendo que a ociosidade na aposentadoria pode ocasionar depressão e ansiedade.
“Dados científicos comprovam que o processo de aposentadoria pode ocasionar alterações biopsicossociais na vida dos indivíduos, sendo alguns deles de caráter emocionais e de humor, como o surgimento de quadros depressivos, ansiedade generalizada, ou ociosidade por falta de preenchimento de rotina”, completa.

Essas alterações biopsicossociais provocam baixa autoestima, afirma a gerontóloga.

“Isso acarreta a desinteresse por atividades que antes tinha prazer e altera sua iniciativa para a realização de tarefas básicas como autocuidado, e complexas como administração de finanças, planejamento de uma viagem e comunicação com familiares e amigos próximos”.

Para ela, o processo de isolamento social acontece, principalmente, entre os homens e afeta o desempenho da memória.

“Para evitar a ociosidade decorrente, por exemplo, de um processo de aposentadoria, sugerimos ao indivíduo maximizar suas oportunidades, como preconiza a Organização Mundial de Saúde, ou seja, otimizando sua participação em atividades culturais, intelectuais e esportivas, assim como sua rede de relações sociais”, diz Thaís Bento.

Este processo de maximização de oportunidades também recebe o nome de ressignificação da velhice, que é a readequação e ressignificação a esta nova etapa da vida.


Envelhecimento ativo – qual a melhor forma de fazer o idoso reconhecer o seu valor?
Um dos mecanismos de autoconhecimento e da valorização pessoal é através do acompanhamento profissional especializado, com o objetivo de resgatar a história de vida do idoso, desmistificando mitos e estereótipos do envelhecimento.

“Neste processo, o idoso é direcionado a refletir sobre sua trajetória, conquistas e projetos de vida a partir de um Plano de Atenção Gerontológica, que tem como objetivo preencher a rotina e mapear as atuais necessidades e demandas do indivíduo”, completa Thaís.

Esse mapeamento vai proporcionar autoconhecimento, reflexões, estratégias de enfrentamento para possíveis questões não superadas e metas cotidianas.

Portanto, a promoção de um envelhecimento ativo exige a maximização de oportunidades.



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