sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Campanha Outubro Verde da Sociedade de Pediatria de São Paulo pela erradicação da Sífilis Congênita



Considerada um problema de saúde pública nos últimos 50 anos, a sífilis congênita é o mote central da Campanha Outubro Verde, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP). A iniciativa visa estimular ações de conscientização em prol da eliminação da doença, cuja meta é reduzir sua prevalência a menos de meio caso por mil nascidos vivos.

“Essa Campanha é de grande relevância, uma vez que a sífilis congênita faz parte de uma discussão contínua em nossa sociedade. Ela já deveria ser eliminada devido às condições plenas de diagnóstico e tratamento disponíveis à gestante. Temos um quadro atual muito preocupante, com os casos aumentando a cada ano, e precisamos fazer algo para reverter esta situação. As consequências são muito sérias para o feto, em diversos aspectos, e que podem perdurar por toda sua vida”, alerta dr. Cláudio Barsanti, presidente da SPSP.

A falta de tratamento durante a gestação é o principal fator para sua transmissão ao feto, que se dá por via placentária. Para evitar este quadro, consta no protocolo de atendimento obstétrico o rastreamento através de sorologia na gravidez a fim de identificar a presença da doença na gestante e iniciar a terapêutica o mais breve possível, em caso positivo. A recomendação é  uso de penicilina benzatina; a depender do estágio da doença, de 2 a 6 doses.

“Passamos por um problema grave em 2015-2016 com desabastecimento de penicilina cristalina no Brasil, porém, parece que esse problema está em fase de normalização. Sabemos que o desabastecimento causou grande comoção na sociedade, e esta é uma das causas que a Campanha Outubro Verde chamará atenção”, ressalta a dra. Lilian Sadeck, vice-presidente da SPSP.

Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis pode ser transmitida em qualquer momento da gravidez; a probabilidade de contágio varia de acordo com o tempo de exposição ao feto e do estágio clínico da doença materna. Quanto antes confirmar o diagnóstico, melhor o prognóstico e menor o risco para o bebê.

Quando a gestante, com diagnóstico de sífilis, porém não fez o tratamento corretamente durante o pré-natal, o recém-nascido deverá fazer exames de sangue (sorologia (VDRL) e hemograma), coleta de líquor por punção lombar e Raio-x de ossos  longos para identificar se houve contaminação. Caso a criança tenha o diagnóstico, ela ficará internada por 10 dias para receber antibiotico corretamente.
“Por isso, unimos esforços à SOGESP para enfatizar que os cuidados devem começar ainda na gestação, com a investigação para a doença na gestante e indicação de tratamento adequado. É a nossa melhor arma para combater a transmissão vertical”, reforça a dra. Lilian.

Entre as graves complicações da sífilis estão aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e óbito neonatal. O Bebê pode nascer sem nenhum sinal da doença ou apresentar : baixo peso, rinite com coriza sero-sanguinolenta, prematuridade, osteocondrite, periostite, osteíte, choro ao manuseio e obstrução nasal. Esses achados podem se manifestar no nascimento ou até os dois anos de idade.



Nesse Outubro Rosa, todas as formas possíveis de prevenção e tratamento do câncer de mama devem ser exploradas



Especialista explica como a fisioterapia ajuda, e muito, na recuperação de pacientes
 
O câncer de mama, embora atinja em sua grande maioria, mulheres de 35 à 60 anos, vem se espalhando, cada vez mais, entre as jovens adultas e também, homens. Caracteriza-se pela formação de nódulos nas glândulas mamárias, que com um crescimento rápido e desordenado de células, pode evoluir para tumores malignos e até mesmo, espalhar-se pelo resto do corpo. Pela sua rápida evolução é importantíssimo que as mulheres façam o autoexame periodicamente - além dos exames realizados por profissionais - e conheçam seus seios o suficiente para reconhecerem alterações e informarem ao médico ginecologista, para que o câncer seja detectado o mais rápido possível.

Quando há a constatação do tumor mamário, além dos tratamentos com quimio e radioterapia, e a própria cirurgia de retirada parcial ou total das mamas (em casos mais extremos), há outras maneiras de aliviar os sintomas e sequelas, como explica a fisioterapeuta, Ana Gil.

“No caso da mastectomia, o tratamento vai muito além da drenagem linfática. A fisioterapia busca não só a redução do edema existente, mas trabalha também a cicatriz; previne e melhora a mobilidade e força do ombro e membros superiores - que são afetados pelos procedimentos cirúrgicos. Muitas vezes há também alterações posturais, onde entra o RPG e por fim o Pilates, que auxilia no tratamento e manutenção dos ganhos da fisioterapia”, afirma a profissional.

Ainda segundo a especialista e diretora do Espaço Ana Gil, é importante ressaltar que o tratamento pode começar antes da cirurgia, com o condicionamento físico no Pilates, pois os exercícios amenizam as sequelas do pós-operatório "Além disso, o ambiente da clínica e de sociabilidade também são importantes para a paciente, pois é muito comum a baixa da autoestima e até depressão", finaliza.

O Pilates também é considerado uma forma de prevenção ao câncer de mama e de cólon, visto que, de acordo com o relatório de “Recomendações Mundiais Sobre Atividade Física”, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 25% dos casos destes tipos de câncer poderiam ser prevenidos se as pacientes praticassem exercícios por, no mínimo, 2 horas e meia por semana.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), os tumores mamários malignos, são os que mais levam as brasileiras à morte, e a estimativa é de 57.120 mil casos de tumores de mama por ano. Se há histórico familiar de câncer de mama na sua família, se você teve sua primeira menstruação antes dos 11 anos de idade, e passou dos 30 anos sem ter tido filhos, fique atenta, pois estes são fatores de risco.

O câncer de mama, quando identificado no início, tem até 95% de cura! Por isso, atente-se aos sinais. A melhor época para se fazer o autoexame, é durante os primeiros dias após a menstruação, quando as mamas estão desinchadas. Não deixe de marcar uma consulta com o ginecologista, pelo menos, uma vez por ano. Mantenha sua saúde íntima, e seus exames, em dia.



Espaço Ana Gil, clínica é de Fisioterapia, Estética e Pilates
Av. das Américas, 2.250, sala 306, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

Ana Gil - Fisioterapia Ortopédica, Pilates, RPG e Estética. Pós-graduada em Anatomia Humana e Biomecânica – UCB, Mestre em Educação Física - EEFD/UFRJ.
21 2439-8600/98173-9765
Instagram: @espacoanagil
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Em que idade a mulher está mais suscetível ao câncer de mama?



No mundo todo, a incidência da doença aumenta progressivamente depois dos 40 anos

O câncer representa um grande desafio em termos de saúde pública. Doença multifatorial, sua incidência está relacionada não somente aos fatores de risco, mas à qualidade dos serviços de saúde, às campanhas de prevenção, e, principalmente, ao envelhecimento da população. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que, no Brasil, este ano deve contabilizar quase 600 mil novos casos da doença. Metade deles, em mulheres. Uma em cada cinco pacientes com câncer terá de lidar com o diagnóstico de câncer de mama – que, depois do câncer de pele não-melanoma, é o mais comum, seguido de cólon e reto, colo do útero, pulmão e estômago. Depois dos 40 anos de idade, a doença aumenta progressivamente entre as mulheres. 

Estudos norte-americanos indicam que a incidência mundial do câncer vem aumentando e que 12,4% das mulheres terão câncer de mama em alguma fase da vida. Embora 87,6% não tenham de lidar com a doença, a realização anual da mamografia continua sendo o método mais importante de prevenção em pacientes com mais de 40 anos. Nos Estados Unidos, o câncer de mama atinge uma em cada 28 mulheres depois dos 60 anos, uma em cada 42 mulheres depois dos 50 anos e uma em cada 68 mulheres na faixa dos 40 anos. Antes disso a doença é considerada rara, atingindo uma em cada 227 mulheres.

Na opinião de Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica, esse tipo de estatística é interessante para uma avaliação geral da população feminina em relação à doença. Mas, para cada mulher, o risco pode ser maior ou menor, dependendo de inúmeros fatores – tanto os conhecidos como os ainda não completamente compreendidos. “Como a incidência do câncer de mama está intrinsecamente relacionada ao envelhecimento, o fator idade é o principal para determinar os riscos da doença. Sendo assim, enquanto mulheres jovens não devem se preocupar muito com isso, a menos que suas mães e irmãs tenham enfrentado o problema, depois dos 40 anos a preocupação deve ser relevante o suficiente para que se faça o exame mamográfico anualmente”.

A especialista afirma que a mamografia costuma apresentar sensibilidade em torno de 80%. Mas a introdução da tomossíntese mamária refinou o diagnóstico. “A tomossíntese, também chamada de mamografia 3D, costuma aumentar sensivelmente a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Porém, em pacientes de alto risco ou quando persistirem dúvidas, outros exames devem ser realizados de forma complementar, como a ultrassonografia e a ressonância magnética”.

A médica explica que, na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. “Muitas vezes, a mulher é chamada novamente para que façam novas imagens e esclareçam essas dúvidas. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e depois para a tomossíntese, caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores e reduzir a necessidade de imagens extras”.

Agora, também é possível utilizar as imagens da tomossíntese para produzir imagens mamográficas em duas dimensões, sintetizadas. Uma das vantagens é a possibilidade de melhorar o diagnóstico da doença – especialmente em pacientes jovens e com mamas densas. De acordo com Vivian Schivartche, a superioridade nas imagens mamográficas quando se faz o uso do software é notável. A médica diz que esse método diagnóstico permite a visualização de tumores menores, mais agressivos e provavelmente mais precocemente, quando comparada à mamografia convencional.
“Quando a mamografia convencional (2D) é realizada isoladamente, a sobreposição de estruturas da mama pode simular lesões suspeitas, obrigando a paciente a fazer mais radiografias para esclarecimento, ou até mesmo uma biópsia. A tomossíntese elimina a sobreposição dos tecidos. Com isso, temos melhor definição das bordas das lesões, melhor detecção de lesões sutis e melhor localização da lesão na mama. Com o uso do software, a exposição à radiação – que é um fator a ser considerado – cai pela metade. Sendo assim, é muito vantajoso para a paciente com suspeita de câncer de mama”, diz a médica.
Além de fazer mamografia anualmente, o INCA recomenda que a mulher com mais de 40 anos cuide bem da alimentação – evitando sobrepeso e obesidade –, pratique atividades físicas com regularidade, combata o fumo e evite o consumo de carnes processadas, como salsicha, presunto, linguiça etc.




Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista, especialista em Diagnóstico da Mama no CDB Premium e Centro de Diagnósticos Brasilwww.cdb.com.br

National Cancer Institute (Estados Unidos) disponibiliza uma ferramenta que calcula a chance anual de uma mulher ter câncer de mama, bem como a probabilidade até atingir 90 anos. https://www.cancer.gov/bcrisktool/