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sábado, 28 de maio de 2016

Educação infantil: brinquedos e brincadeiras



Ao observar o comportamento de uma criança brincando, percebe-se sua capacidade de resolver diferentes tipos de problemas, utilizando sua imaginação, sem tirar o seu sentido lúdico. Brincando a criança torna-se capaz de atribuir significados diferentes aos objetos, desenvolver sua capacidade de abstração e começa a agir diferente do que vê, mudando sua percepção sobre os mesmos.
Quem não lembra, quando criança, das brincadeiras que fazia?  Brincar de esconde-esconde, alerta, cabra-cega, lenço-atrás e amarelinha? Estas e outras brincadeiras da época auxiliaram as crianças na descoberta de si e do mundo. Apesar de algumas brincadeiras perpetuarem, foram modificando-se com o tempo. Os brinquedos e as brincadeiras mudaram em vários países, em diversas culturas no início do século até os dias de hoje, porém, o prazer de brincar continua. 

Conforme as questões pontuadas, é necessário que os professores da Educação Infantil compreendam a importância do brincar no processo de aprendizagem das crianças, orientando e ressignificando projetos que contemplem o desenvolvimento de habilidades e competências oriundas desta faixa etária.
Portanto, a brincadeira não é o brinquedo, o objeto, a técnica, mas o conjunto de estratégias e habilidades que possibilita a criança ter experiências que revelam o seu mundo, preparando-a para a vida futura. Enquanto brincam as crianças exercem determinadas funções sociais, pois, no interior de uma brincadeira ela acaba distinguindo vários tipos de reação grupal estimando as consequências agradáveis ou desagradáveis que eles acarretam.
 
Engana-se quem acredita que brincar é só para passar o tempo. O brincar tem papel fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. É brincando que a criança se desenvolve, explora característica de personalidade, fantasias, medos, desejos, criatividade e elabora o mundo exterior a partir de seu campo de visão.   

O brincar é um elemento indissociável na vida das crianças, pois, ao contrário que muitos pais pensam, a criança que desmonta seu brinquedo, não está estragando, mas sim, explorando de maneira criativa o objeto apresentado. Esse brincar não pode ser somente apertar o botão e ver o que acontece, mas, também, sua funcionalidade, utilidade e exploração dos mecanismos do brinquedo. 

A criança precisa criar, experimentar, ousar, tentar, enfim, inserir-se nas mais diversas situações-problemas, por meio do contato que estabelece com outras crianças, com o adulto, com objetos e com o meio.  O brincar sozinha, para a criança, também é importante, mas o brincar com o outro, possibilita uma elaboração, de sua parte no convívio social. 


Assim, a criança necessita de brinquedos que favoreçam no desenvolvimento de suas habilidades motoras, coordenação grossa e fina, estruturação espaço temporal e lateralidade. A criança ainda está no momento de descoberta, de criar, montar, desmontar, inovar, reelaborar, reinventar, ressignificar o brincar e seu brinquedo. O ato do brincar para a criança caracteriza vínculo importante com seu meio social, seus familiares e amigos, pois, será com esse convívio com o outro que a criança começará formar sua idéia de mundo, não mais o egocentrismo, uma fase pela qual passa.



Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.

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