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segunda-feira, 23 de março de 2015

Dia Roxo: Data em prol à Conscientização da Epilepsia




Neurocirurgião explica como deve ser o socorro aos portadores desta síndrome durante um ataque epiléptico
No próximo 26 de março é celebrado o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, conhecido como Dia Roxo. Nesta data, pessoas ao redor do mundo são convidadas a vestir alguma peça de roupa roxa em apoio à causa. A doença é caracterizada por um conjunto de sintomas, originados de um grupo de neurônios disfuncionantes, que emitem sinais atípicos ou irregulares. “As pessoas reconhecem facilmente a síndrome quando ocorre o ataque epiléptico, mas ela não se resume a isso. Pacientes com epilepsia têm uma vida ativa, como tiveram Vincent van Gogh, Fiódor Dostoiévski e Machado de Assis. Por isso, o Dia do Roxo é mais uma oportunidade para conscientizar e diminuir os preconceitos em relação à doença e seus portadores”, declara o neurocirurgião especialista em epilepsia Dr. Luiz Daniel Cetl.
Atenta aos complexos e preconceitos, a idealizadora do Dia Roxo (“Purple Day”), Cassidy Megan, uma menina canadense de 9 anos, escolheu a cor roxa como símbolo inspirada na flor de lavanda, frequentemente associada à solidão, pois representa o isolamento que muitas pessoas epilépticas vivem, principalmente por terem vergonha da doença e de seu principal sintomas: o ataque epiléptico.  A ideia surgiu em 2008 e contou com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Scotia – EIOS, com a finalidade de tirar a epilepsia das sombras.
Calcula-se que 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia, acometendo 1 em 100 indivíduos. Em 50% dos casos, a causa é desconhecida e 75% têm início ainda na infância.
Os principais sinais apresentados por portadores de epilepsia são a perda de consciência, quando o indivíduo cai no chão, as contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, a micsão involuntária. “São os sinais mais evidentes, embora existam outros, como movimentação espontânea e incontrolável de mãos, braços e pernas. Os sintomas e seus sinais característicos aparecerão conforme a localização do grupo de neurônios afetados”, explica o neurocirurgião.
O especialista orienta que ao se deparar com uma pessoa com ataque epilético, o ideal é deitá-la no chão e afastá-la de objetos e móveis que possam machucá-la enquanto estiver se debatendo. “Jamais coloque a mão ou o dedo na boca do paciente. Durante uma crise convulsiva, o portador tem salivação intensa e o indicado é mantê-lo de lado para evitar que se sufoque com a saliva. É preciso deixá-lo se debater livremente até que a crise passe, e isso tem duração de segundos ou poucos minutos”, diz o Dr. Luiz Daniel Cetl, explicando ainda que apenas em casos de crises repetitivas a emergência deve ser acionada imediatamente.
Tratamento:
O tratamento convencional para a epilepsia é por via medicamentosa, com uso das chamadas drogas antiepilépticas (DAE), eficazes em cerca de 70% dos casos (há controle das crises) e com efeitos colaterais diminutos. Quando não há controle destes sintomas, outros tratamentos possíveis são a cirurgia, a estimulação do nervo vago e dieta cetogênica. No entanto, apenas um profissional, analisando o caso, poderá indicar o tratamento apropriado para o paciente.
O neurocirurgião ressalta também que o objetivo do tratamento é garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente. A epilpsia não é tranmidida pelo ar ou contato físico. Apenas é preciso tratá-la adequadamente. Caso contrário, o paciente tem sua vida fortemente afetada, por não ter controle das crises e, consequentemente, restringe-se socialmente, pode não conseguir manter o emprego e/ou os estudos e fica exposto a acidentes.
Outra grave consequência, caso o paciente não procure auxílio médico, está relacionada ao estado de mal convulsivo, quando ocorrem várias convulsões seguidas, sem recuperação entre elas. Esta condiçao pode levar a danos cerebrais definitivos.
“Ano a ano o Dia Roxo cresce no Brasil, mobilizando milhares de pessoas a vestirem uma peça de roupa da cor rouxa em prol à conscientização da doença e seus portadores. Vale a pena abraçar a causa, pois o objetivo é reforçar cada vez mais que a epilepsia pode ser controlada, tratada e o paciente epiléptico pode e deve levar uma vida como qualquer outra pessoa”, finaliza o neurocirurgião Daniel Cetl, especialista em epilepsia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da diretoria da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (SONESP).

Dr. Luiz Daniel Cetl - referência no tratamento das epilepsias e tumores cerebrais. Especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da diretoria da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (SONESP). Atua ainda como preceptor de cirurgia de tumores cerebrais no Departamento de Neurocirurgia da Unifesp. http://www.drluizcetl.com.br/ - https://www.facebook.com/dr.luizcetl - https://twitter.com/DrLuizCetl

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